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Suzane alega ameaça e deve ser transferida
Detenta afirmou à Promotoria que recebeu ordens para matar a jovem; Justiça de Ribeirão Preto autorizou remoção
Secretaria da Administração Penitenciária não divulgou se transferência da condenada pela morte dos pais em 2002 vai ocorrer
JORGE SOUFEN JR
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Justiça de Ribeirão Preto
autorizou na semana passada a
remoção de Suzane von Richthofen, 23, da Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto. A informação foi divulgada ontem
pelo Tribunal de Justiça de São
Paulo, no mesmo dia em que
uma presa afirmou ao Ministério Público Estadual que recebeu ordens para matar Suzane.
De acordo com o TJ, a solicitação da transferência foi feita
pelos advogados de Suzane.
O advogado Denivaldo Barni
disse que já tinha denunciado a
ameaça à Promotoria e que a
Secretaria da Administração
Penitenciária também sabia.
"Só agora é que o Ministério
Público resolveu dar credibilidade ao que vem sendo exaustivamente denunciado pela defesa", disse Barni.
A autorização foi encaminhada à secretaria, que não respondeu se vai transferir Suzane
ou não. A SAP não precisa de
aval judicial para transferência
de presos nem remover Suzane
obrigatoriamente, já que a decisão da Justiça apenas autoriza
-e não determina- a medida.
A presa que teria recebido ordem para matar Suzane é condenada a sete anos por roubo,
não teve seu nome revelado
nem contou quem deu a ordem,
no primeiro semestre de 2006,
quando estava no Centro de
Ressocialização Feminino de
Rio Claro com Suzane.
Segundo o promotor Eliseu
José Berardo Gonçalves, a presa não quis cumprir a ordem e
pediu transferência: foi, então,
levada a Ribeirão em 3 de julho
-em 3 de setembro, Suzane foi
removida pelo Estado para a
mesma penitenciária.
"Não poderiam nunca ter
mandado a Suzane para Ribeirão. A detenta era uma ameaça,
mesmo falando que não faria
nada", disse o promotor, que
requisitou ontem a progressão
de pena da detenta para o regime aberto, já que ela já teria esse direito. "Agora já dá para ficar mais tranqüilo."
A detenta foi ouvida como
testemunha em inquérito que
apura maus-tratos no seguro.
Suzane já foi ouvida no mesmo
inquérito, no dia 15, quando falou sobre a ameaça de morte.
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