São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 2007

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Suzane alega ameaça e deve ser transferida

Detenta afirmou à Promotoria que recebeu ordens para matar a jovem; Justiça de Ribeirão Preto autorizou remoção

Secretaria da Administração Penitenciária não divulgou se transferência da condenada pela morte dos pais em 2002 vai ocorrer

JORGE SOUFEN JR
DA FOLHA RIBEIRÃO

A Justiça de Ribeirão Preto autorizou na semana passada a remoção de Suzane von Richthofen, 23, da Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto. A informação foi divulgada ontem pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, no mesmo dia em que uma presa afirmou ao Ministério Público Estadual que recebeu ordens para matar Suzane.
De acordo com o TJ, a solicitação da transferência foi feita pelos advogados de Suzane.
O advogado Denivaldo Barni disse que já tinha denunciado a ameaça à Promotoria e que a Secretaria da Administração Penitenciária também sabia.
"Só agora é que o Ministério Público resolveu dar credibilidade ao que vem sendo exaustivamente denunciado pela defesa", disse Barni.
A autorização foi encaminhada à secretaria, que não respondeu se vai transferir Suzane ou não. A SAP não precisa de aval judicial para transferência de presos nem remover Suzane obrigatoriamente, já que a decisão da Justiça apenas autoriza -e não determina- a medida.
A presa que teria recebido ordem para matar Suzane é condenada a sete anos por roubo, não teve seu nome revelado nem contou quem deu a ordem, no primeiro semestre de 2006, quando estava no Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro com Suzane.
Segundo o promotor Eliseu José Berardo Gonçalves, a presa não quis cumprir a ordem e pediu transferência: foi, então, levada a Ribeirão em 3 de julho -em 3 de setembro, Suzane foi removida pelo Estado para a mesma penitenciária.
"Não poderiam nunca ter mandado a Suzane para Ribeirão. A detenta era uma ameaça, mesmo falando que não faria nada", disse o promotor, que requisitou ontem a progressão de pena da detenta para o regime aberto, já que ela já teria esse direito. "Agora já dá para ficar mais tranqüilo."
A detenta foi ouvida como testemunha em inquérito que apura maus-tratos no seguro. Suzane já foi ouvida no mesmo inquérito, no dia 15, quando falou sobre a ameaça de morte.


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