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Análise

Situação após a expansão alimenta protestos na escola

FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO

Dois mil e três é um ano chave para se entender os protestos atuais de funcionários e de alunos na Unesp.

Naquele ano, a universidade decidiu expandir fortemente suas vagas.

Se de um lado havia o temor de que a qualidade do atendimento caísse, do outro havia um deficit de vagas no ensino superior maior que o atual (o Prouni e o Novo Fies ainda não haviam fortalecido as instituições privadas).

Dez anos depois, a Unesp oferece hoje 50% a mais de vagas no seu vestibular.

O Orçamento da universidade, basicamente bancado pelo governo estadual, cresceu em proporção equivalente à expansão de vagas.

Mas na instituição há o entendimento de que mais verbas seriam necessárias, pois cada nova vaga traz dois tipos de despesa: para a criação do posto (fazer salas, por exemplo) e manutenção.

Pedidos como ampliação dos auxílios a alunos carentes e de melhorias na carreira dos funcionários são vistos como justos até pela reitoria da universidade.

Também influencia os protestos uma das principais características da Unesp. Numa divisão não escrita no sistema estadual, cabem à USP e à Unicamp a busca pela liderança nacional e internacional no meio acadêmico.

À Unesp cabe a missão de levar a áreas pobres do Estado, como o Vale do Ribeira, um bom ensino e uma boa pesquisa. Não necessariamente o melhor. Tanto que o Orçamento da Unicamp é maior que o da Unesp, mesmo com menos alunos.

A desvantagem em relação às coirmãs faz com que a Unesp tenha sempre à mão reivindicação que parece tangível: que ao menos receba as condições das demais instituições do mesmo sistema.


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