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Análise

Imagem quase não deixa dúvida de que era fogo de artifício

RICARDO BONALUME NETO DE SÃO PAULO

O "artefato explosivo" que feriu o cinegrafista no Rio era alguma espécie de fogo de artifício, um rojão ou morteiro. Pode-se dizer isso com 99,999% de certeza. O "0,001% de incerteza" é apenas uma concessão ao fato de que uma investigação ainda está em curso. Mas imagens e vídeo falam por si mesmos.

Vê-se um objeto cilíndrico e comprido no chão acender, levantar voo e atingir a vítima. É possível ver granadas de gás lacrimogêneo lançadas pela polícia. Soltam fumaça clara, sem explosão ou luz intensa.

Essas "bombas" têm formato diferente, na forma de um ovo. Há um modelo feito para produzir luz intensa e som desorientadores. Mas o efeito visual não é o mesmo.

Por que o objeto estava no chão? Porque alguém não quis ser reconhecido e filmado com ele na mão. De novo, 99,999% de chance de ser um manifestante "black bloc". Ou seria um policial "infiltrado" ou maluco? Essa teoria da conspiração merece o "0,001% de incerteza"; afinal, virou esporte nacional culpar a polícia antes de ter os fatos apurados.

Fogos de artifício não fazem parte do arsenal de armas "não letais" das polícias militares. Embora o correto seja dizer "menos letais" --uma bala de borracha pode em raros casos matar.

O importante é ter em mente que uma força policial é treinada --ou deveria ser-- para conter distúrbios evitando vítimas. E também deve adequar suas ações ao grau de violência encontrado.

Manifestantes mais radicais se aproveitam dessas "regras de engajamento" de uma polícia em um estado democrático (na Síria, é outra coisa...).

Na década de 1960, manifestantes davam flores aos policiais, que obviamente não tinham como revidar. Mas sempre houve os que jogaram paus e pedras, ou coquetéis molotov (garrafas com gasolina e um pavio).

E, se estiverem com os rostos cobertos, deixam claro que os objetivos da manifestação não eram "pacíficos".


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