|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CONCORRÊNCIA
Cade suspende contrato de cimenteiras
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) suspendeu ontem, temporariamente, o acordo entre o grupo Votorantim e a Camargo Corrêa para
compra e venda de cimento branco. O descumprimento da decisão
implicará multa diária de R$ 53,2
mil para as empresas.
Em novembro do ano passado,
a Cimento Rio Branco e a Camargo Corrêa Cimentos informaram
ao governo o fechamento de um
contrato em que a Rio Branco
-ou outras empresas do grupo
Votorantim- compromete-se a
comprar, com exclusividade, volumes determinados de cimento
branco da Camargo Corrêa. Essa
última forneceria o produto nos
volumes e preço combinados.
As secretarias de Acompanhamento Econômico (Ministério da
Fazenda) e de Direito Econômico
(Ministério da Justiça), em avaliação preliminar da operação, entenderam que o acordo poderia
afetar de forma irreparável o mercado de cimento branco.
Além da exclusividade, a operação inclui o fechamento da fábrica de cimento branco da Rio
Branco, o que transformaria a Camargo Corrêa na única fabricante
do produto no Brasil. As secretarias pediram ao Cade garantia de
continuidade no funcionamento
da fábrica, assim como a proibição da troca de informações entre
os dois grupos sobre fabricação e
distribuição do produto.
O relator do caso, o conselheiro
Luiz Carlos Prado, avaliou que ficou prejudicado o pedido para
manutenção das operações nessa
fábrica, pois o forno de produção
está desligado desde outubro passado. A decisão do conselho foi
tomada no início da noite. A Folha procurou ontem as duas empresas para comentar a decisão,
mas não conseguiu contatá-las.
Conselho completo
Com a posse, ontem, de Abraham Sicsú como conselheiro do
Cade, o órgão completa seu quórum de sete membros. Sicsú é
professor de engenharia de produção na Universidade Federal de
Pernambuco.
A falta de conselheiros em 2005
interrompeu por mais de um mês
as atividades do Cade. A posse,
em dezembro, de Luis Fernando
Schuartz, garantiu o quórum mínimo de cinco membros. Os nomes indicados precisam ser aprovados pelo Senado antes da posse.
Texto Anterior: Embraer pode sair da China, afirma jornal Próximo Texto: Comunicações: TVs pressionam por padrão digital japonês Índice
|