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MERCADO ABERTO
BNDES lança fundo de €80 milhões
O BNDES irá lançar hoje em
Milão, na Itália, um fundo
de 80 milhões para investimentos de pequenas empresas italianas no Brasil. Os recursos serão oriundos tanto do
BNDES como de alguns bancos
italianos.
Guido Mantega, presidente do
BNDES, explicou que o objetivo
do fundo é o de atrair para o Brasil as experiências bem-sucedidas na Itália nos chamados APL
(Arranjos Produtivos Locais), a
versão brasileira dos "clusters"
internacionais. A Itália talvez seja
o país com a melhor experiência
nesses arranjos.
Segundo Mantega, o dinheiro
do fundo só será liberado para
pequenas empresas, e ainda haverá um limite para cada empréstimo. Nenhum financiamento poderá ultrapassar o limite de 5% do total do fundo.
De acordo com o presidente do
BNDES, para ter direito ao empréstimo, a empresa italiana terá
também que fazer uma joint venture com uma firma ou um APL
no Brasil. "O objetivo é o de dar
impulso às pequenas e médias
brasileiras associadas em arranjos produtivos locais no país", diz
Mantega.
O dinheiro do fundo, de 80
milhões, também não está fechado. Segundo Mantega, os recursos poderão ser maiores, dependendo do interesse.
Quando voltar ao Brasil, Mantega pretende discutir a possibilidade de criar no país uma legislação específica que permita aos
arranjos produtivos locais a
transformação em pessoa jurídica. A Itália está neste momento
discutindo essa possibilidade, o
que facilitaria às empresas o
acesso ao empréstimo.
Para Mantega, se for concretizada essa mudança no Brasil, facilitaria bastante a concessão de
empréstimos aos arranjos produtivos locais. Um APL pode
reunir, por exemplo, 20 empresas. Seria muito mais fácil para o
BNDES conceder um empréstimo ao APL do que para cada
uma das empresas.
CINEMA BUTIQUE
A rede Cinemark apresenta ao público na sexta seu novo espaço no shopping Iguatemi, em São Paulo. Segundo Valmir
Fernandes, presidente da empresa, o objetivo da reformulação
foi transformar o complexo de seis salas em um "cinema butique, com um visual diferenciado". Para isso, a empresa e o
shopping investiram R$ 12 milhões em um projeto do arquiteto João Armentano, com um lounge e um café. Outra novidade
será a marcação das poltronas. Os espectadores poderão escolher os assentos antecipadamente pela internet. Um sistema
elege, para quem comprar os bilhetes na hora, os melhores lugares disponíveis. A sofisticação terá seu preço, no caso, o
maior de SP: R$ 20 nas noites de sábado. Ele, porém, prevê
queda de até 15% na venda de ingressos da rede em 2005.
BANCO AMBIENTAL
O maior banco de dados ambientais para a indústria do petróleo da América Latina será
lançado hoje no Observatório
Nacional, no Rio. Financiado pela Finep, o Bampetro, como será
chamado, vai custar entre R$ 28
mil e R$ 72 mil por ano para as
empresas que desejarem utilizar
suas informações. O Ibama também irá utilizar seus dados.
SEM FUNDOS
O índice de cheques devolvidos calculado pela Serasa atingiu
o segundo maior patamar desde
1991, quando foi criado. Segundo
o levantamento, o índice subiu
4,3% em setembro em relação ao
mês anterior. A marca chegou a
19,4 devoluções a cada mil compensados. O volume de cheques
sem fundos (segunda devolução) cresceu 17,8% no acumulado do ano, até setembro. Foram
devolvidos 18,5 cheques por mil
compensados no período. Entre
as razões, os técnicos da Serasa
apontam o crescimento do endividamento das pessoas causado
pela expansão do crédito.
CONTRA A PIRATARIA
Executivos da 3M, da Nike, da
Shell e da Alpargatas e advogados especializados em propriedade intelectual apresentarão soluções jurídicas para a pirataria
no seminário "Estratégias para
combater a pirataria de marcas",
no próximo dia 10, em SP. Segundo os organizadores, pesquisas dizem que as empresas facilitam a expansão da pirataria.
PREÇO MÓVEL
O site de comparação de preços BuscaPé passa a oferecer aos
usuários um serviço de comparação do valor de produtos por
meio do celular via SMS. O consumidor pode analisar quanto
custam os produtos de dentro da
loja. Para a consulta, é preciso
enviar uma mensagem de texto
para a empresa com o nome do
produto a ser pesquisado.
NO AZUL
Apesar de estar mergulhado na
crise política, o banco BMG parece não ter sido atingido pela
turbulência. O banco divulga na
próxima sexta-feira um lucro de
R$ 334,4 milhões nos primeiros
nove meses deste ano, o que significa uma rentabilidade de
39,5% no período. Na conta
anualizada, a rentabilidade chega a 56%. O resultado do banco,
em termos de rentabilidade, é
um dos melhores entre as instituições financeiras do país.
AUTO-SUFICIENTE
O presidente da Petrobras, José
Sergio Gabrielli, diz que o Brasil
não precisará importar um barril
de petróleo no ano que vem ao se
tornar auto-suficiente da commodity. A afirmação consta da
primeira edição da "newsletter",
ligada à Unesco, ScenariosBrasil,
que terá circulação internacional. A publicação será lançada na
próxima semana.
TOPO DO MUNDO
Xangai tem confirmado neste ano sua vocação para capital
mundial dos arranha-céus. A cidade chinesa, que já tem cerca de
4.000 desses edifícios, quase o dobro do que em Nova York, deve
encerrar a década com mil novos arranha-céus, segundo o "New
York Times". Uma das estrelas será o Xangai World Financial
Center, cuja maquete foi exibida ontem ao público (à esq.). Previsto para ser concluído em 2008, no "coração" do novo distrito financeiro da cidade, o edifício terá 492 metros de altura, 40 m a
mais do que as torres Petronas, em Kuala Lumpur (Malásia), que,
até o início do ano, detinham o status de maiores arranha-céus do
mundo. O recorde atualmente pertence ao Taipé 101, em Taiwan,
com 508 metros de altura. Analistas, no entanto, alertam para o
perigo de uma possível "bolha" imobiliária na China, devido ao
ritmo frenético de novas construções e de aumento dos preços do
setor. Há também quem combata as novas edificações em nome
do nacionalismo e da preservação histórica das cidades.
AVANÇO DO CHIP
O mercado de "smart cards" (cartões com chip) começa a ganhar impulso no Brasil, após um início titubeante. O faturamento com as transações com esse produto cresceu 112% nos últimos
12 meses, acima dos 40% das operações com cartões "convencionais", segundo dados com as bandeiras da Visa. No mesmo período, a alta do número de emissões foi de 64% e 24%, respectivamente. O movimento é visto com um "otimismo cauteloso" por
Eduardo Chedid, vice-presidente de produtos da Visa do Brasil.
Embora destaque o avanço da rede de terminais preparada para
a aceitação do "smart card" (cerca de 70%), ele ressalta a necessidade de ganho de escala para o segmento. Também com esse objetivo, o "braço" da Visa para a América Latina acaba de fechar
um acordo com alguns fabricantes de cartões com chip para adquirir o produto a um preço menor -de US$ 3 para US$ 0,99.
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