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Pecuaristas ameaçam barrar abate
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JAPORÃ
Pecuaristas de Japorã (486 km
de Campo Grande, MS), onde foram confirmados dois focos de febre aftosa, anunciaram ontem
que não irão permitir o abate de
animais até que a indenização esteja em suas contas correntes.
Os produtores farão uma manifestação hoje em frente ao sítio
Santo Antônio, onde anteontem
foi confirmado novo foco de aftosa. Eles querem pressionar o governo a indenizar os pecuaristas.
Os produtores rurais de Japorã
fundaram ontem o Conselho de
Saúde Animal do município.
Uma da primeiras ações do órgão
foi a divulgação de nota anunciando suas condições para aceitar o abate. Na reunião, no entanto, o conselho não definiu como
os produtores impedirão o abate.
A Iagro (Agência Estadual de
Defesa Sanitária Animal e Vegetal) disse que a defesa sanitária é a
autoridade máxima e que os proprietários não podem impedir a
entrada dos fiscais.
Abate
Na operação de limpeza das
áreas contaminadas pela febre aftosa, os bois são mortos com um
tiro na cabeça, para que a morte
seja instantânea, evitando a dor e
a necessidade de manipulação, já
que o gado é portador do vírus e o
sangue pode espalhar a doença.
A informação é do presidente
do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Roberto Bacha,
que afirma que as normas adotadas são da OIE (Organização
Mundial de Saúde Animal).
Os animais são mortos e enterrados em uma vala de 10 metros
de profundidade. Técnicos da Iagro costumam usar cal para impermeabilizar o local e evitar que
comprometa o lençol freático.
O curral é esterilizado pelo órgão sanitário e toda a área da fazenda deve ficar em quarentena
para exterminar o vírus. Passados
os quarenta dias, bois sentinela
(sem vacina contra aftosa) são colocados na área. Caso adquiram a
doença, a fazenda volta a ser inspecionada pela saúde sanitária. Se
os animais permanecerem saudáveis, a área está livre.
(SF)
Com Ana Raquel Copetti, colaboração para a Agência Folha, em Campo Grande
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