DA SUCURSAL DO RIO

Por uma diferença de R$ 130 milhões em bônus de assinatura, a ANP (Agência Nacional do Petróleo) errou na divulgação dos resultados do primeiro dia da 7ª Rodada de Licitações de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural.
O número real em bônus de assinatura (o quanto as empresas pagam pelo direito de exploração dos blocos) foi de R$ 416,4 milhões -e não R$ 546,6 milhões, conforme o divulgado na segunda-feira. Já os blocos concedidos foram 82, abaixo dos 140 divulgados.
Segundo a agência, houve um erro técnico no processamento dos dados. O diretor John Forman disse que o sistema que computou os números foi um sistema paralelo. "Ele deve ter dado um problema. Provavelmente foi isso que aconteceu."
Ao longo do primeiro dia, foram realizadas ofertas em 12 setores de diferentes bacias. À medida que os blocos eram arrematados pelas empresas, a agência divulgava os resultados parciais por bacia. No fim do dia, entretanto, o balanço final da ANP foi consolidado pelos valores de cada empresa.
No relatório final, os técnicos da ANP somaram ofertas realizadas durante o dia e não somente as ofertas vencedoras.
Ao perceber a diferença, minutos após a divulgação, a Folha solicitou que os técnicos refizessem o balanço, mas a ANP se limitou a dizer que "os números eram oficiais".
Na abertura do leilão, na segunda-feira, o diretor John Forman fez questão de agradecer à área técnica, responsável pela realização das licitações. Em seu discurso, lembrou que, quando entrou na agência, há três anos, os leilões eram realizados por uma empresa estrangeira especializada em licitações. Como não renovou o contrato, a ANP começou a trabalhar com equipe própria.
Este é o primeiro ano que ocorre um erro desse tipo na divulgação dos resultados. Segundo a ANP, o erro não está relacionado à atuação da equipe. (PS e LB)


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