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NOVO GOVERNO
Jorge Rachid, um dos secretários-adjuntos da Receita do governo FHC, é convidado e diz sim para subir de posto
"Fiscal" de Everardo aceita assumir Receita
DA REPORTAGEM LOCAL
Jorge Antônio Deher Rachid,
um dos quatro secretários-adjuntos da Receita Federal, foi convidado e aceitou substituir Everardo Maciel no comando da secretaria, uma das três mais importantes do Ministério da Fazenda.
Rachid já foi também coordenador de fiscalização da Receita e é
um dos maiores defensores do
acesso direto do fisco aos dados
bancários dos contribuintes. No
governo FHC, comandou operações para detectar sonegação nas
declarações de parlamentares e de
grandes empresas. É uma espécie
de "fiscal-mor" de Everardo Maciel, atual titular da Receita.
Ontem foi confirmado pelo futuro ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, o nome de Joaquim Levy, que ocupa hoje a assessoria econômica do Ministério
do Planejamento, como secretário do Tesouro.
Também está cotado para assumir cargo importante na futura
equipe econômica Arno Agustin,
ex-secretário da Fazenda do governo do Rio Grande do Sul.
Agustin fez parte da equipe de
transição, como representante do
futuro governo petista.
As indicações de Rachid e Levy
confirmam o que deverá ser uma
tendência da administração petista: a manutenção de integrantes
do atual governo que agradem
principalmente a Palocci.
Isso já ocorreu, por exemplo, no
Banco Central. O futuro presidente da instituição, o ex-banqueiro
Henrique Meirelles, convidou os
atuais diretores para continuar
em seus cargos.
Outro nome que integrará a tropa de choque de Palocci é Marcos
Lisboa, economista e professor da
Escola de Pós-Graduação em
Economia da Fundação Getúlio
Vargas (EPGE/FGV).
Economista de vertente liberal,
ele será o novo secretário de Política Econômica do Ministério da
Fazenda.
Já o destino de Arno Agustin-
que foi secretário da Fazenda das
gestões de Olívio Dutra tanto na
Prefeitura de Porto Alegre como
recentemente no governo do Rio
Grande do Sul- ainda é incerto.
Agustin, economista formado
pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, é considerado um
dos integrantes do PT que mais
entende de administração pública
financeira. Foi bem-sucedido no
comando da Prefeitura de Porto
Alegre, mas criticado no governo
gaúcho. O Rio Grande do Sul não
conseguiu cumprir a meta de redução de endividamento, prevista
na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Colaborou a Redação
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