São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 2002

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NOVO GOVERNO

Jorge Rachid, um dos secretários-adjuntos da Receita do governo FHC, é convidado e diz sim para subir de posto

"Fiscal" de Everardo aceita assumir Receita

DA REPORTAGEM LOCAL

Jorge Antônio Deher Rachid, um dos quatro secretários-adjuntos da Receita Federal, foi convidado e aceitou substituir Everardo Maciel no comando da secretaria, uma das três mais importantes do Ministério da Fazenda.
Rachid já foi também coordenador de fiscalização da Receita e é um dos maiores defensores do acesso direto do fisco aos dados bancários dos contribuintes. No governo FHC, comandou operações para detectar sonegação nas declarações de parlamentares e de grandes empresas. É uma espécie de "fiscal-mor" de Everardo Maciel, atual titular da Receita.
Ontem foi confirmado pelo futuro ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, o nome de Joaquim Levy, que ocupa hoje a assessoria econômica do Ministério do Planejamento, como secretário do Tesouro.
Também está cotado para assumir cargo importante na futura equipe econômica Arno Agustin, ex-secretário da Fazenda do governo do Rio Grande do Sul. Agustin fez parte da equipe de transição, como representante do futuro governo petista.
As indicações de Rachid e Levy confirmam o que deverá ser uma tendência da administração petista: a manutenção de integrantes do atual governo que agradem principalmente a Palocci.
Isso já ocorreu, por exemplo, no Banco Central. O futuro presidente da instituição, o ex-banqueiro Henrique Meirelles, convidou os atuais diretores para continuar em seus cargos.
Outro nome que integrará a tropa de choque de Palocci é Marcos Lisboa, economista e professor da Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas (EPGE/FGV).
Economista de vertente liberal, ele será o novo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
Já o destino de Arno Agustin- que foi secretário da Fazenda das gestões de Olívio Dutra tanto na Prefeitura de Porto Alegre como recentemente no governo do Rio Grande do Sul- ainda é incerto.
Agustin, economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é considerado um dos integrantes do PT que mais entende de administração pública financeira. Foi bem-sucedido no comando da Prefeitura de Porto Alegre, mas criticado no governo gaúcho. O Rio Grande do Sul não conseguiu cumprir a meta de redução de endividamento, prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal.


Colaborou a Redação


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