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São Paulo, domingo, 10 de agosto de 2003

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Cursos ajudam engenheiro a virar massagista

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Doze anos trabalhando como engenheiro mecânico em barragens, estradas e aeroportos -onde executou e supervisionou a montagem de equipamentos pesados para pavimentação, moagem e britagem- conduziram Fábio Antoniazzi, 46, a uma conclusão: "Não era o que eu queria da vida".
"Comecei a fazer cursos livres de massagem. Depois foi um curso técnico em massoterapia. Peguei gosto pela coisa e abandonei a engenharia", narra. Mas a transição, diz, foi gradual. "Não larguei tudo até ter giro de clientes. No começo foi penoso, mas fui ganhando clientela e confiança. Levei uns três anos para chegar à estabilidade."
Antoniazzi nunca deixou de buscar aprimoramento e, depois do curso técnico, fez faculdade de fisioterapia. "O nível de complexidade vai aumentando", comenta ele, que atualmente se dedica à pós-graduação em biomecânica avançada no Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas. As especializações permitem ao profissional incrementar o orçamento -a maior parte dos ganhos de Antoniazzi provém do atendimento em domicílio- e dar aulas de técnica de massagem.
Segundo ele, um profissional organizado consegue ganhar ao menos R$ 1.500 por mês. "Mas é preciso se planejar para os períodos de escassez."
Esse tipo de arranjo, combinando emprego fixo com prestação de serviços como profissional liberal, é o mais comum, de acordo com Mariangela de Paula Albertina, do Senac-SP. "Há profissionais se engajando no mercado como funcionários e como prestadores de serviço autônomos, o que amplia as possibilidades de renda", avalia.
Outro campo que está abrindo oportunidades é o de enfermeiros e de técnicos em enfermagem. Para quem atua nesse segmento, Nelson Alvarez, do São Luiz, avisa que as instituições carecem de enfermeiros especializados em UTI, oncologia e obstetrícia. Segundo ele, esses profissionais se credenciam a receber salários acima da média.
Outro ramo em ascensão é o de "home care" (atendimento domiciliar), que ganha espaço principalmente devido ao envelhecimento da população.

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