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Prestadoras de serviços para empresas aquecem demanda por profissional qualificado e atualizado
Consultoria de informática dá "upgrade" nas oportunidades
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Curiosidade aguçada é um dos principais requisitos para obter sucesso na
área de informática. Sede de aprender,
rapidez para a absorção de novas tecnologias, concentração e criatividade
são outras teclas nas quais os consultores de recursos humanos sempre batem ao descrever o perfil ideal para
programar a carreira nesse segmento.
A exemplo das demais áreas do setor
de serviços, em informática a terceirização é crescente. E são justamente as
consultorias que apresentam a maior
demanda por profissionais. "Quanto
mais projetos, maior é a oportunidade
de emprego", afirma Silvana Paconelli,
40, gerente de RH da Sondaimarés,
que atua no campo de tecnologia da
informação (TI). Até o final deste ano,
a empresa espera ampliar o quadro de
funcionários de 1.900 para até 2.100.
Apesar dos períodos de ressaca econômica, o segmento cresce no Brasil
acima da média do mercado. Empresas de RH apontam que nos últimos
meses têm sido oferecidas muitas vagas, sobretudo para níveis operacionais. No site da consultoria Catho,
eram ofertadas mais de 5.600 em informática no início deste mês.
Eu Koan Song, diretor técnico da RH
Info, ressalva, contudo, que a concorrência no segmento é grande. "A cada
dia entra mais gente na área de informática. Está muito concorrida, mesmo para quem tem qualificação", diz.
Cauteloso, José Alberto de Matos, 47,
coordenador dos cursos de MBA em
Tecnologia da Informação Aplicada a
Negócios da Faculdade Senac, avalia
que não são todos os campos que estão
em expansão. Matos relembra a explosão das empresas "pontocom" e a quebradeira que se seguiu. "Os oportunistas foram banidos. Houve uma seleção
natural. Entramos agora em um patamar de estabilidade", avalia.
Plugados
Matos diz, porém, que o segmento
de inteligência de negócios (BI, na sigla
em inglês), no qual se insere o campo
de tecnologia da informação, está em
alta. O desempenho é justificado pela
busca de eficiência por empresas em
um ambiente competitivo. Levantamento do grupo Gartner aponta que o
mercado mundial de inteligência de
negócios e de "Data Warehousing"
(armazenamento e análise de dados
para apoio às decisões) deve crescer
até 2006 a um ritmo de 11,6% ao ano.
Profissionais de TI que possuem
competência de gestão de negócios,
além do conhecimento técnico, estão
entre os mais valorizados. Para orientar empresas, conhecimento profundo
do negócio do cliente e visão geral do
funcionamento do mercado são fundamentais. Os especialistas observam
que há um intervalo entre a formação
básica da graduação e o que o mercado
solicita. Por isso a importância de especializações em TI. "Não basta ter conhecimento técnico, tem de ter conhecimento de negócios", diz Matos.
Para as atividades de suporte, implantação e assistência técnica na área
de informática básica, um curso técnico pode ser suficiente, embora restrito.
Consultores de negócios, por sua vez,
precisam no mínimo da graduação,
aliada a alguma especialização, certificado ou MBA. O lema é: a experiência
passada não garante sucesso no futuro, pois as situações são inovadoras.
Atualizações, por conta própria ou
com auxílio de instituições de ensino,
são aconselhadas por analistas devido
à velocidade do avanço da tecnologia.
"Deve-se estar plugado o tempo inteiro", ensina Matos. (SILVIA RIBEIRO)
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