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O professor de geografia Celso Antunes, 66, escreveu 180 livros sobre o tema e deu aulas com o giz na mão durante 30 anos. "Pensava que a atividade era só isso." Mas, depois de ser coordenador e diretor de escola, passou a achar que seus conhecimentos eram insuficientes. Estudou tanto sobre os processos de aprendizagem que acabou trocando a lousa e as lições de geografia por palestras sobre processo cognitivo, inteligência e memória.
A guinada começou quando Antunes foi buscar um mestrado em educação e cursos sobre cognição e inteligência, assuntos sobre os quais começou a escrever.
"Os livros didáticos estavam se tornando pasteurizados", afirma o professor. O desafio de escrever sobre um novo tema resultou em mais de 40 obras publicadas.
Nos treinamentos em empresas que realiza atualmente, Antunes diz que procura desenvolver capacidades de relação interpessoal, de coordenação e de delegação de tarefas. Nas escolas, o mais comum ainda é a reciclagem do corpo docente em relação aos métodos de ensino e avaliação. "Há muito espaço nesse campo para quem domina técnicas de comunicação e tem conhecimento sobre o tema."
Para quem deseja se dedicar aos processos de aprendizagem e cognição, Antunes recomenda a leitura da ampla bibliografia disponível e sugere a participação em congressos e jornadas.

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