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Prancheta do PVC

PAULO VINÍCIUS COELHO

Craque tem de correr

Para ganhar a Recopa, o São Paulo precisará de atuação muito mais sólida do que a de ontem, em Salvador

"Uma das grandes bobagens que ouvi em minha carreira é que o jogador não tem que correr, a bola é que tem." Se qualquer outra pessoa dissesse isso, além de Josep Guardiola, haveria margem de contestação. Mas foi o técnico do Bayern quem fez esta afirmação no teatro Gran Rex, em Buenos Aires, em sua palestra de 2 de maio passado.

O lema de Guardiola, o craque também tem de correr, diz muito a respeito dos desempenhos de Corinthians e São Paulo na rodada de ontem, prévia da final da Recopa entre os dois clubes, na quarta-feira.

O Corinthians correu muito. O São Paulo andou. É mais difícil impor ritmo forte no sol das 4 da tarde em Salvador do que domingo de sol no inverno paulistano. Mas o xis da questão não é esse.

Maicon errou passe aos 21 minutos do primeiro tempo e o meio de campo do São Paulo parou.

Dali nasceu o lançamento de Renato Cajá para o gol de Dinei, que empatou Vitória x São Paulo em 1 a 1 naquele instante.

No Pacaembu, Tite escalou Pato na ponta esquerda com funções de marcação que não tinha nos primeiros tempos após seu retorno ao Brasil. No primeiro semestre, quando Pato e Guerrero jogavam juntos, o treinador corintiano deixava para o peruano a função de acompanhar o volante adversário.

Pato ontem voltou até a intermediária defensiva para marcar o lateral Michel, do Atlético-MG.

O craque correr ou colocar a mão na cintura nem sempre define o resultado da partida. Basta ver o andamento das partidas de Corinthians e São Paulo ontem. Até o intervalo, o Corinthians corria e o São Paulo andava. O time de Tite perdia, o de Autuori empatava.

Pato não fez grande atuação. Correu. Ganso também não. Andou.

Mas o time que se dedica a todas as disputas de bola diz muito a respeito do que se pode esperar dele a médio prazo.

Nos primeiros quinze minutos de segundo tempo em Salvador, o São Paulo sofreu um gol, teve um pênalti marcado contra sua meta e uma bola de Maxi Biancucchi raspando a trave de Rogério.

A formação de Autuori projeta um time em que Ganso jogue mais perto dos atacantes. Se for estático como ontem, não funcionará.

Nos últimos meses, o melhor jogador do São Paulo é também o que mais corre: Jadson. O Corinthians se ressente da saída de seu melhor jogador, também o de maior deslocamento no gramado: Paulinho.

Mas o fato de estar mais montado e à custa de um sistema em que todos atacam e correm para recompor a defesa faz o Corinthians mais time do que o São Paulo atual.

Para ganhar a Recopa dentro do Pacaembu, na quarta-feira, o São Paulo precisará de atuação muito mais sólida do que a de ontem, em Salvador.

Vai precisar também de um time em que os craques façam mais do que pensar. Corram, como manda Pep Guardiola.

O TIME AJUDA

O Atlético tinha só Victor, Réver e Bernard de titulares contra o Corinthians. E fez apresentação excelente no Pacaembu. Exemplo que, em boa fase, todos vão bem. O fato de treinar todos os jogadores por dois anos e meio faz reservas e titulares saberem de memória o que precisam fazer.

SEMANA VERDE

O Palmeiras pulou para segundo da Série B, com velocidade no ataque e fragilidade na defesa. O empate entre Chapecoense e Joinville, no sábado, ajudou. Nesta semana, é diferente. O Palmeiras encara o Figueirense. Derrota pode deixá-lo em quinto, caso o Sport vença o Icasa, amanhã.


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