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Longe do recorde, Bolt retoma título mundial dos 100 m

ATLETISMO
Jamaicano larga atrasado, reage, obtém sua melhor marca no ano, mas diz que esperava mais

RODOLFO LUCENA DE SÃO PAULO

No seu estilo brincalhão, o jamaicano Usain Bolt caprichou na mímica e abriu um guarda-chuva imaginário para se "proteger" da água que caía no estádio Luzhniki instantes antes da final dos 100 m no Mundial de atletismo.

O homem mais rápido do mundo parecia dizer que estava tranquilo, relaxado.

E que não repetiria o desastre do último Mundial, em Daegu, quando queimou a largada e foi desclassificado.

Ontem, largou até "atrasado": seu tempo de reação ao tiro foi mediano, 0s163 --seu compatriota Nickel Ashmeade partiu em 0s142.

Bolt está acostumado a isso, porém, e foi melhorando o desempenho metro a metro. À medida em que erguia o corpo, curvado nos primeiros momentos depois da largada, ganhava posições.

Venceu na chuva em 9s77, seu melhor tempo na temporada, ainda que longe do recorde (9s58). Cruzou a linha cerca de um metro à frente de seu principal rival na temporada, o norte-americano Justin Gatlin (9s85). O jamaicano Nesta Carter terminou com a medalha de bronze (9s95).

Num elenco desfigurado de outras grandes estrelas, como o jamaicano Asafa Powell, ex-recordista mundial, e o norte-americano Tyson Gay --ambos suspensos por uso de substância dopante--, Gatlin talvez fosse o único capaz de enfrentar Bolt.

O norte-americano vem tendo bons resultados desde que voltou às competições, em 2010, depois de cumprir suspensão por causa de doping. Neste ano, chegou a vencer Bolt em um encontro de atletismo em Roma.

Ontem, porém, não teve chances, terminando com 9s85. Mas bagunçou a festa da Jamaica, que, por causa dele, não conseguiu fazer um pódio puro-sangue. Em compensação, a ilha dos supervelocistas teve quatro dos cinco primeiros colocados.

O recordista mundial recuperou seu título --em 2009, o campeão foi seu compatriota Yohan Blake, que ficou de fora do Mundial por causa de uma lesão--, mas reclamou do próprio desempenho.

"Estou feliz, mas queria ter feito mais. Minhas pernas doíam depois das semifinais, não sei a razão. Assim, o recorde não era possível. Mas na Jamaica não esperavam menos de mim. Sempre esperam que eu domine as provas", afirmou ele.

Bolt ainda vai disputar neste Mundial a prova dos 200 m, em que também é recordista e campeão mundial, e o revezamento 4 x 100 m, em que o time jamaicano conquistou o ouro nos Jogos Olímpicos de Londres-2012.


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