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Prancheta do PVC

Melhor

A única certeza que temos é que Guardiola colocará o Bayern na história, seja pelo bem ou pelo mal

PAULO VINÍCIUS COELHO

Faltou marcação por pressão e criatividade para o Bayern de Munique na estreia de Guardiola no Campeonato Alemão.

A Europa também avaliou assim a vitória por 3 a 1 sobre o Borussia Monchengladbach.

Faltou lembrar que o primeiro jogo de Guardiola como técnico do Barcelona, no Campeonato Espanhol de 2008, foi uma derrota para o modesto Numancia. Depois vieram 16 títulos em quatro anos.

Cobrou-se de Guardiola humildade para manter o time com que Jupp Heynckes ganhou tudo na temporada passada. Pois foi exatamente o que mostrou contra o Borussia Monchengladbach, na primeira partida de verdade na temporada 2013/14. A única mudança tática em comparação com a equipe campeã da Europa foi Toni Kroos no lugar de Javi Martínez. Saiu um volante, entrou um meia que era escalado muitas vezes como segundo homem de meio-de-campo no passado.

Com Guardiola, Toni Kroos é meia e Thomas Muller também. Jogam juntos. O Bayern venceu o Borussia Monchenglacbach --com algum sofrimento-- com dois meias e um sistema 4-1-4-1 (veja ilustração 1).

Sutil diferença em relação à temporada passada, a melhor da história. O Bayern marcava mais forte com seus atacantes do que fez na sexta-feira (ilustração 2). A pressão menor pode ser pela fragilidade física do início de temporada.

Ribéry estranhou Guardiola mudar posições demais de jogadores adaptados apenas a uma posição. Cruyff fazia isso no Barcelona e Arrigo Sacchi, no Milan, nos seus melhores momentos.

Cruyff foi um sucesso durante sete anos no Barça. No oitavo, ficou atrás de Atlético de Madrid e Valencia no Campeonato Espanhol.

Sacchi é hoje colunista do jornal italiano "La Gazzetta dello Sport". Defende até hoje a capacidade de todos jogarem em todas as posições. Nem sempre funciona. Quando foi diretor-esportivo do Real Madrid, aconselhou vender o volante Makelele, um especialista. Durante anos, o Real Madrid sentiu falta de um volante marcador.

A carreira da maioria dos técnicos vencedores foi uma gangorra.

Não quer dizer que seja assim com todo mundo. Ser técnico muitas vezes exige mais esforço para seduzir os jogadores a executarem funções diferentes do que para treiná-los. Puskas contava em seu livro que Jeno Kalmar mudava as posições de todos nos treinamentos. Não repetia isso nas partidas. Guardiola parece ser igual.

É impossível saber se o treinador catalão terá no Bayern o mesmo sucesso do Barcelona. Mais difícil ainda é imaginar isso depois de um período curto de pré-temporada, que incluiu uma derrota na final da Supercopa e um jogo instável na estreia na Alemanha.

Certeza, apenas, que o Guardiola vai colocar seu Bayern nos livros de história. Seja pelo sucesso dos próximos meses. Seja por um eventual fracasso.

NA COLA

O Corinthians jogou mal e empatou com o Santos e venceu de maneira regular contra o Vitória. Está apenas quatro pontos abaixo do líder. Como o conceito deixado por Botafogo e Cruzeiro nos últimos anos permite um pé atrás, dá para imaginar o Corinthians subindo na tabela.

MUITO MELHOR

Quatro jogadores da vitória no Fla-Flu trabalharam com Mano Menezes no Corinthians. Mas a imagem do primeiro tempo e da virada do Flamengo fazem lembrar a frase de Mano após sair da seleção: "Hoje, sou um técnico muito melhor". O Fla jogou num 4-1-4-1 ontem. Moderno.


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