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Tostão

É bom ver de novo a seleção

Os únicos titulares imprescindíveis da seleção são Thiago Silva, Marcelo, Neymar e Daniel Alves

O jornal "O Globo" mostrou, nesse domingo, uma enorme foto do Maracanã, na final do Campeonato Carioca de 1963, 50 anos atrás, entre Fla e Flu, com um público de 194.604, recorde mundial em jogos de clubes. Terminou 0 a 0, e o Flamengo foi campeão.

Essa foto me trouxe algumas lembranças. Estava presente, tinha 16 anos e já era titular da equipe principal do Cruzeiro. Eu e três amigos do bairro pegamos um ônibus na rodoviária, na sexta à noite, e nos hospedamos numa pensão, em frente ao mar, em Copacabana. Bastava atravessar a rua, com apenas uma pista, para chegar à areia. Ficávamos na praia, durante o dia, e, à tarde, famintos, comíamos um bom prato de macarrão, na época em que pizza e macarrão eram baratos.

No domingo, fomos de ônibus para o Maracanã e, depois do jogo, direto para a rodoviária. Foi um fim de semana inesquecível.

Na foto do jornal, entre vários jogadores, apareciam Evaldo, centroavante do Fluminense, e Marcial, goleiro do Flamengo. Evaldo, anos depois, foi meu companheiro no Cruzeiro. Perto da estreia na Copa de 1970, Zagallo me perguntou se eu poderia jogar mais à frente, de pivô, já que, no Cruzeiro, eu era um meia. Respondi que iria atuar como Evaldo. Marcial, que tinha sido goleiro do Atlético-MG, também se tornou médico e companheiro em um hospital de Belo Horizonte.

É bom ver novamente a seleção. Na Copa das Confederações, além da qualidade da equipe, imagino que, se jogassem alguns reservas ou mesmo um ou outro não convocado, o Brasil também atuaria bem e seria campeão, já que havia inúmeros fatores favoráveis, como o apoio maciço e emocionante da torcida e a vibração dos atletas, que atuaram como se fosse a Copa do Mundo.

Os únicos titulares imprescindíveis são Thiago Silva, Marcelo, Neymar e Daniel Alves, em parte porque não há um bom reserva para a lateral direita. Há outros jogadores que poderiam fazer parte do grupo.

Ramires sempre foi disciplinado, dentro e fora de campo. Ele é capaz de desarmar na intermediária e, em uma fração de segundos, chegar à área para fazer gols.

Kaká pode crescer sob o comando de Carlo Ancelotti, que era o técnico do Milan no melhor momento do jogador. Kaká e Casemiro foram destaques no último amistoso do Real Madrid. O São Paulo descartou Casemiro, que era uma grande promessa. É muito melhor ser talentoso e marrento, como diziam que ele era, do que ser só um volante razoável, esforçado, como Rodrigo Caio.

Há muitas pessoas que trabalham no futebol, em muitos clubes, desde as categorias de base, que são dedicadas, possuem muitas informações, conhecem os sistemas táticos, a forma, mas que entendem pouco do conteúdo, não são bons observadores de detalhes nem têm boas condições de selecionar, analisar e formar jogadores.


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