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Análise Seleção

Garoto de 21 anos atormenta defesa do Brasil

Shaqiri, atacante do Bayern que iniciou a jogada do gol, saía da ponta para o meio sem ser marcado por Marcelo

PAULO VINÍCIUS COELHO COLUNISTA DA FOLHA

Quem pagou ingresso para ver Neymar assistiu a um espetáculo comandado pelo suíço Shaqiri. O meia e atacante que Josep Guardiola escalou na final da Supercopa da Alemanha, numa função semelhante à de Messi, no Barcelona. E Neymar não conseguiu criar nenhuma situação de perigo.

Perder da Suíça 45 dias depois de vencer a Espanha dá margem a que voltem todas as críticas anteriores à Copa das Confederações.

Importante dizer que derrotas para a Suíça não são mais vergonhosas como no passado. A campanha da Espanha na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, iniciou com derrota para os suíços.

O problema é ver a seleção voltar a jogar mal.

O ponto mais fraco foi a marcação a Shaqiri (veja ilustração). O técnico Ottmar Hitzfeld --campeão da Liga dos Campeões pelo Borussia Dortmund em 1997 e pelo Bayern em 2001-- escalou Shaqiri na ponta direita.

Mas o garoto de 21 anos não se contentava em jogar aberto daquele lado. Saía da ponta para a meia, sem Marcelo marcá-lo. Desmarcado, atormentou a defesa e iniciou a jogada do gol contra de Daniel Alves, decisivo no jogo.

Pontos fortes, só no primeiro tempo. E só os contra-ataques puxados por Neymar, sempre pela faixa central do campo. Nenhum levou real perigo a Benaglio, goleiro do Wolfsburg, da Alemanha.

PAULINHO AVANÇADO

Felipão mudou o time no segundo tempo, montou um 4-3-3, com Hernanes e Paulinho como meias e Lucas e Neymar como pontas. Paulinho criou um pouco mais quando atuou mais avançado. Ainda assim, foi discreto.

Sempre se vai lembrar do reinício de temporada de nove dos 11 titulares da seleção. E também de 11 titulares da Suíça. O Brasil não teve a relação íntima com sua torcida, como a que se viu em junho. Nem com a bola.

É preciso aprender a marcar jogadores como Shaqiri, que saem da ponta para o meio --o vilão no caso da partida de ontem foi Marcelo.

Mas a marcação sobre os suíços não seria problema se a seleção jogasse como nos melhores momentos da Copa das Confederações.

Perder para a Suíça é como estar a duas casas do fim do jogo, jogar os dados e retirar uma carta com a inscrição: volte para o início.


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