São Paulo, domingo, 05 de janeiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MEMÓRIA

Eleição na CBF é um pesadelo para treinadores

DA REPORTAGEM LOCAL

A história da CBF mostra que treinador é cargo de confiança do presidente da entidade. Assim, como estão previstas eleições para este ano, o escolhido por Ricardo Teixeira agora pode estar logo demitido.
Desde que João Havelange assumiu a CBF, em janeiro de 1958, a tradição de um novo presidente trocar de treinador, iniciada logo nos primórdios da entidade, ganhou ainda mais força.
A única vez que isso não aconteceu nos últimos 50 anos foi em 1986, quando Otávio Pinto Guimarães assumiu pouco antes da Copa do México e não teve coragem de dispensar Telê Santana, que acabou demitido depois da competição.
De resto, nenhum treinador foi capaz de resistir aos desejos de um novo cartola, incluindo nomes famosos ou quem vinha fazendo um bom trabalho.
Em 1975, o almirante Heleno Nunes não fez questão de tentar que Zagallo, campeão no México-70, continuasse no banco da seleção e chamou Osvaldo Brandão para o emprego.
Quando Giulite Coutinho ganhou o poder, em 1980, foi a vez de o gaúcho Cláudio Coutinho não resistir.
Pior fez o próprio Teixeira. Em 1989, o ex-genro de João Havelange foi eleito. Uma de suas primeiras decisões no cargo foi trocar de treinador.
Assim, Carlos Alberto Silva, que havia levado o time ao vice-campeonato olímpico em 1988, foi dispensado. No seu lugar entrou Sebastião Lazaroni, que conduziu o time nacional ao desastre na Copa da Itália.
Teixeira já disse várias vezes que não vai concorrer a um novo mandato, mas seus aliados duvidam dessa intenção.
Se decidir concorrer, irá enfrentar Carlos Alberto de Oliveira, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, seu opositor e único candidato declarado até o momento.


Texto Anterior: CBF vai convidar Parreira para coordenar as seleções
Próximo Texto: O que ver na TV
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.