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São Paulo, domingo, 10 de agosto de 2003

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Palmeiras vence e vibra com juiz

MARCUS VINICIUS MARINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Em uma partida decidida no último minuto, o Palmeiras venceu a Lusa por 4 a 3, ontem, no Parque Antarctica. A arbitragem de Tadeu Bosco da Cruz, contestada pelos jogadores da Lusa, teve influência direta no resultado final. Até a torcida do Palmeiras, agradecida pelos erros de Cruz, entoou nos últimos dez minutos de jogo os gritos de "juiz, juiz, juiz..."
"Acho que todo mundo viu que o juiz estava de má-fé contra a Lusa", afirmou o meia Ricardo Lopes. "Tive que me segurar para não bater nele".
Cruz apitou dois pênaltis duvidosos, mandou repetir a cobrança de ambos quando foram perdidos pelos palmeirenses e prolongou a partida além do tempo determinado, o que resultou no gol da vitória do time da casa.
A equipe de Jair Picerni começou a partida disposta a satisfazer à maioria palmeirense dos 16.629 pagantes que compareceram ao Parque Antarctica. Empurrado pela torcida, o time alviverde dominava as ações e envolvia a Lusa com toque de bola. Em um lance aos 8min, Edmílson foi lançado e se atirou na área. O árbitro marcou pênalti de Gléguer.
Adãozinho bateu o pênalti, e o goleiro da Lusa defendeu. O árbitro, no entanto, mandou voltar a cobrança, pois Gléguer se adiantou. Na repetição, Adãozinho não desperdiçou: 1 a 0.
O gol do Palmeiras acordou a torcida e empurrou a equipe da casa para cima da Lusa. Aos 26min, em bela triangulação, Lúcio ajeitou para Pedrinho, que completou para o fundo do gol de Gléguer. Era o segundo gol palmeirense.
Quando parecia que uma goleada estava por vir, a Lusa deu sinais de vida no jogo, em parte por causa do espaço deixado pela marcação frouxa do meio-campo do Palmeiras. Marcos Denner avançou sozinho e bateu de fora da área. Marcos, surpreendido pela velocidade da bola no gramado molhado, não alcançou: 2 a 1. Dois minutos depois, em jogada parecida, Ricardo Lopes acertou outro belo chute de longa distância. Era o empate da Lusa, que equilibrou o jogo e acabou o primeiro tempo melhor que o rival.
No segundo tempo, o atacante Muller, 37, que não vinha fazendo uma boa estréia na Lusa, foi substituído por André Luís. A mudança surtiu efeito, dando mais velocidade nos contra-ataques do time do Canindé, que atraía o Palmeiras para seu campo.
Quando a torcida empurrava o time, e a pressão palmeirense parecia insuportável, André Luís recuperou uma bola no meio-campo e tocou para Sérgio Manoel, que lançou Marcos Denner. O atacante tocou na saída de Marcos e virou o jogo. Lusa 3 a 2.
Em desvantagem, o Palmeiras aumentou ainda mais a pressão. Aos 33min, após confusão na área, Magrão chutou a gol, e a bola tocou no braço de Sérgio Manoel. O juiz Tadeu Bosco da Cruz marcou pênalti.
André, que havia entrado no lugar de Thiago Gentil, bateu, e o goleiro Gléguer defendeu novamente. Da Cruz mandou o atacante repetir a cobrança, alegando que Gléguer teria se adiantado novamente. Os jogadores da Lusa, revoltados, cercaram o árbitro e por pouco Sérgio Manoel não foi expulso. André não perdeu a segunda chance: 3 a 3.
A torcida palmeirense, que já gritava saudando o juiz, cresceu e empurrou ainda mais o time da casa. Aí aconteceu o lance mais contestado da arbitragem. O juiz indicou três minutos de acréscimo, mas deixou o jogo continuar até quase 49min do segundo tempo. Foi quando Muñoz, que havia entrado no lugar de Pedrinho, invadiu a área e chutou forte. Gléguer deu rebote, e Daniel completou para as redes. Vitória do Palmeiras, contestada pelos jogadores rivais. Após a partida, alguns torcedores da Lusa ameaçavam ir à delegacia acusar o árbitro, com base no Estatuto do Torcedor.

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