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Palmeiras vence e vibra com juiz
MARCUS VINICIUS MARINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Em uma partida decidida no último minuto, o Palmeiras venceu
a Lusa por 4 a 3, ontem, no Parque
Antarctica. A arbitragem de Tadeu Bosco da Cruz, contestada
pelos jogadores da Lusa, teve influência direta no resultado final.
Até a torcida do Palmeiras, agradecida pelos erros de Cruz, entoou nos últimos dez minutos de
jogo os gritos de "juiz, juiz, juiz..."
"Acho que todo mundo viu que
o juiz estava de má-fé contra a Lusa", afirmou o meia Ricardo Lopes. "Tive que me segurar para
não bater nele".
Cruz apitou dois pênaltis duvidosos, mandou repetir a cobrança
de ambos quando foram perdidos
pelos palmeirenses e prolongou a
partida além do tempo determinado, o que resultou no gol da vitória do time da casa.
A equipe de Jair Picerni começou a partida disposta a satisfazer
à maioria palmeirense dos 16.629
pagantes que compareceram ao
Parque Antarctica. Empurrado
pela torcida, o time alviverde dominava as ações e envolvia a Lusa
com toque de bola. Em um lance
aos 8min, Edmílson foi lançado e
se atirou na área. O árbitro marcou pênalti de Gléguer.
Adãozinho bateu o pênalti, e o
goleiro da Lusa defendeu. O árbitro, no entanto, mandou voltar a
cobrança, pois Gléguer se adiantou. Na repetição, Adãozinho não
desperdiçou: 1 a 0.
O gol do Palmeiras acordou a
torcida e empurrou a equipe da
casa para cima da Lusa. Aos
26min, em bela triangulação, Lúcio ajeitou para Pedrinho, que
completou para o fundo do gol de
Gléguer. Era o segundo gol palmeirense.
Quando parecia que uma goleada estava por vir, a Lusa deu sinais
de vida no jogo, em parte por causa do espaço deixado pela marcação frouxa do meio-campo do
Palmeiras. Marcos Denner avançou sozinho e bateu de fora da
área. Marcos, surpreendido pela
velocidade da bola no gramado
molhado, não alcançou: 2 a 1.
Dois minutos depois, em jogada
parecida, Ricardo Lopes acertou
outro belo chute de longa distância. Era o empate da Lusa, que
equilibrou o jogo e acabou o primeiro tempo melhor que o rival.
No segundo tempo, o atacante
Muller, 37, que não vinha fazendo
uma boa estréia na Lusa, foi substituído por André Luís. A mudança surtiu efeito, dando mais velocidade nos contra-ataques do time do Canindé, que atraía o Palmeiras para seu campo.
Quando a torcida empurrava o
time, e a pressão palmeirense parecia insuportável, André Luís recuperou uma bola no meio-campo e tocou para Sérgio Manoel,
que lançou Marcos Denner. O
atacante tocou na saída de Marcos
e virou o jogo. Lusa 3 a 2.
Em desvantagem, o Palmeiras
aumentou ainda mais a pressão.
Aos 33min, após confusão na
área, Magrão chutou a gol, e a bola tocou no braço de Sérgio Manoel. O juiz Tadeu Bosco da Cruz
marcou pênalti.
André, que havia entrado no lugar de Thiago Gentil, bateu, e o
goleiro Gléguer defendeu novamente. Da Cruz mandou o atacante repetir a cobrança, alegando que Gléguer teria se adiantado
novamente. Os jogadores da Lusa, revoltados, cercaram o árbitro
e por pouco Sérgio Manoel não
foi expulso. André não perdeu a
segunda chance: 3 a 3.
A torcida palmeirense, que já
gritava saudando o juiz, cresceu e
empurrou ainda mais o time da
casa. Aí aconteceu o lance mais
contestado da arbitragem. O juiz
indicou três minutos de acréscimo, mas deixou o jogo continuar
até quase 49min do segundo tempo. Foi quando Muñoz, que havia
entrado no lugar de Pedrinho, invadiu a área e chutou forte. Gléguer deu rebote, e Daniel completou para as redes. Vitória do Palmeiras, contestada pelos jogadores rivais. Após a partida, alguns
torcedores da Lusa ameaçavam ir
à delegacia acusar o árbitro, com
base no Estatuto do Torcedor.
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