São Paulo, domingo, 24 de junho de 2007

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longo prazo

Para Brasil, 2º pode ser melhor que 1º

Deslocamento e adversário mais forte nas quartas-de-final da Copa América fazem do topo da chave um mau negócio

Para a CBF, do ponto de vista da logística na Venezuela, ser vice no Grupo B é melhor para a seleção de Dunga nas próximas fases do torneio

RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A PUERTO LA CRUZ

Ninguém na seleção brasileira fala abertamente que é melhor ficar em segundo lugar do que em primeiro no Grupo B da Copa América, mas, que a vice-liderança daria vantagens para a equipe nacional no torneio na Venezuela, isso é evidente.
Caso feche sua chave na ponta, o Brasil terá que viajar a Maturín. Se passar pelo grupo que tem México, Chile e Equador em segundo lugar, a seleção permanecerá em Puerto La Cruz, cidade em que fincou base na competição. Com isso, evitaria deslocamentos.
Um dos jogos das quartas-de-final mudou de lugar. O jogo do segundo do Grupo B, que aconteceria originalmente em Barinas, foi para Puerto La Cruz devido às condições pouco favoráveis para um duelo decisivo.
""Vimos como estavam as condições e realmente não havia como uma seleção grande fazer um jogo importante lá [em Barinas]", disse Américo Faria, supervisor da seleção, que cuida da logística do time.
""Se você falar em logística, de fato é melhor ficar em segundo lugar na chave. Mas tecnicamente não dá para saber se é melhor ou não", falou Faria.
Como primeiro do Grupo B, o Brasil enfrentaria nas quartas-de-final o segundo colocado daquela que é apontada por muitos como a chave mais difícil -o Grupo C tem Argentina, Colômbia, EUA e Paraguai. Se acabar na vice-liderança, o Brasil pegará um terceiro -poderá ser até um rival da própria chave, pelo regulamento.
Outro problema em ser primeiro colocado na fase de grupos da Copa América é enfrentar as condições apenas razoáveis de Maturín. "Puerto Ordaz [onde o Brasil estréia na quarta] tem condições bem melhores que Maturín. Tanto que não vamos para Maturín dois dias antes do jogo", afirmou Faria.
O Brasil faz sua primeira viagem dentro da Venezuela amanhã. A estratégia de viajar dois dias antes dos jogos para o local da partida será adotada para Puerto Ordaz. O segundo jogo será em Maturín, contra o Chile, no próximo domingo. A equipe encerra a participação no Grupo B diante do Equador em Puerto La Cruz, no estádio ao lado de onde tem treinado.
O Brasil pode até se classificar como terceiro de sua chave -os dois melhores terceiros de cada grupo vão ao mata-mata.
"O grupo do Brasil é o mais difícil. Temos perdido muitos jogos para o México, e o Equador tem o melhor time de sua história", falou Rodrigo Paiva, assessor de imprensa da CBF.
Quem ficar na vice-liderança no Grupo B jogará as quartas-de-final no dia 7 de julho e, talvez, as semifinais no dia 10. O primeiro colocado da chave, por sua vez, atuará nas quartas no dia 8 e, talvez, nas semifinais no dia 11. Ou seja, o segundo colocado do grupo do Brasil teria um dia de descanso a mais do que o seu adversário em uma hipotética decisão do torneio no dia 15, em Maracaibo.


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