São Paulo, domingo, 24 de junho de 2007

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Palmeiras adianta tensão pré-clássico

Semana conturbada, com pressão da torcida, saída de Florentín e briga envolvendo Edmundo, deixa ambiente pesado

Caio Júnior muda tática diante do Atlético-PR e adota o 3-5-2 para tentar voltar a vencer; Max faz sua estréia no ataque


RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Ânimos acirrados. Elenco tenso e acuado. Desconfiança da torcida e diretoria tentando abafar problemas.
Esse ambiente de pressão seria normal se o adversário de hoje fosse o Corinthians.
Mas os problemas que invadiram o Palmeiras nos últimos dias anteciparam em uma semana essa atmosfera carregada para o Parque Antarctica. Hoje, às 16h, o clube recebe o Atlético-PR num clima pesado.
Os percalços vêm de várias direções, a começar pelas arquibancadas. Jogadores estão sentindo a pressão de atuar em casa, e a prova maior dessa insegurança foi o atacante paraguaio Florentín, que pediu a rescisão de seu contrato.
A crise potencializou ainda a insatisfação no elenco de alguns jogadores em relação à opção do treinador Caio Júnior de utilizar os atletas vindos do Paraná, sua ex-equipe.
Para piorar, a diretoria perdeu a parada na busca por mais um atacante -Kléber preferiu jogar no Santos-, e Edmundo foi alvo de mais uma polêmica ao chutar o volante Vinícius durante um treinamento.
Como a ordem é tentar suavizar o ambiente, técnico e jogadores entraram em cena. "Levei todo mundo para o campo, até o Marcos [goleiro, ídolo da torcida, que se recupera de contusão]. Falei olho no olho, de cada um. Quando o grupo passa por dificuldade, ele se fortalece. E vejo o Palmeiras nessa situação", disse Caio Jr., que, antes do treino de sexta, falou por 20 minutos sobre os problemas.
Empatado na pontuação com o Atlético-PR, o Palmeiras sabe que não pode mais falhar, ainda mais em casa. Assim, Caio Jr. resolveu ousar e deve recorrer ao 3-5-2, com Gustavo na zaga e Caio perdendo o lugar no meio. Outra novidade é Max no ataque, ao lado de Edmundo.
"Todo mundo gosta de jogar em casa. Criou-se um mito de que no Parque [Antarctica] o time não rende. Temos que vencer para mudar o clima", falou o atual goleiro titular, Diego Cavalieri, que fez ainda uma ressalva: "Se não reagirmos logo, isso vai fazer falta na frente".
"Quando os bons resultados não acontecem começam as cobranças. Chegou a hora de vencermos em casa", acrescentou Gustavo, que entra para resolver um problema crônico da defesa: o jogo aéreo.


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