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Palmeiras adianta tensão pré-clássico
Semana conturbada, com pressão da torcida, saída de Florentín e briga envolvendo Edmundo, deixa ambiente pesado
Caio Júnior muda tática diante do Atlético-PR e adota o 3-5-2 para tentar
voltar a vencer; Max faz sua estréia no ataque
RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Ânimos acirrados. Elenco
tenso e acuado. Desconfiança
da torcida e diretoria tentando
abafar problemas.
Esse ambiente de pressão seria normal se o adversário de
hoje fosse o Corinthians.
Mas os problemas que invadiram o Palmeiras nos últimos
dias anteciparam em uma semana essa atmosfera carregada
para o Parque Antarctica. Hoje,
às 16h, o clube recebe o Atlético-PR num clima pesado.
Os percalços vêm de várias
direções, a começar pelas arquibancadas. Jogadores estão
sentindo a pressão de atuar em
casa, e a prova maior dessa insegurança foi o atacante paraguaio Florentín, que pediu a
rescisão de seu contrato.
A crise potencializou ainda a
insatisfação no elenco de alguns jogadores em relação à opção do treinador Caio Júnior de
utilizar os atletas vindos do Paraná, sua ex-equipe.
Para piorar, a diretoria perdeu a parada na busca por mais
um atacante -Kléber preferiu
jogar no Santos-, e Edmundo
foi alvo de mais uma polêmica
ao chutar o volante Vinícius durante um treinamento.
Como a ordem é tentar suavizar o ambiente, técnico e jogadores entraram em cena. "Levei todo mundo para o campo,
até o Marcos [goleiro, ídolo da
torcida, que se recupera de contusão]. Falei olho no olho, de
cada um. Quando o grupo passa
por dificuldade, ele se fortalece.
E vejo o Palmeiras nessa situação", disse Caio Jr., que, antes
do treino de sexta, falou por 20
minutos sobre os problemas.
Empatado na pontuação com
o Atlético-PR, o Palmeiras sabe
que não pode mais falhar, ainda
mais em casa. Assim, Caio Jr.
resolveu ousar e deve recorrer
ao 3-5-2, com Gustavo na zaga e
Caio perdendo o lugar no meio.
Outra novidade é Max no ataque, ao lado de Edmundo.
"Todo mundo gosta de jogar
em casa. Criou-se um mito de
que no Parque [Antarctica] o time não rende. Temos que vencer para mudar o clima", falou o
atual goleiro titular, Diego Cavalieri, que fez ainda uma ressalva: "Se não reagirmos logo,
isso vai fazer falta na frente".
"Quando os bons resultados
não acontecem começam as cobranças. Chegou a hora de vencermos em casa", acrescentou
Gustavo, que entra para resolver um problema crônico da
defesa: o jogo aéreo.
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