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Substância cria "super-homem"
DA SUCURSAL DO RIO
O estimulante femproporex,
detectado na urina do lateral
Athirson, transforma os seus
usuários em "super-homens",
afirmou à Folha o professor da
Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (Uerj) Luiz Felipe Pinto.
"A performance do atleta melhora muito. Diminui a sensação
de fadiga, aumenta a capacidade
cardiorrespiratória, a força e a resistência muscular. O atleta corre
mais e tem mais explosão. Vira
um super-homem e faz coisas que
ele mesmo duvida", disse.
Segundo Pinto, o derivado anfetamínico femproporex causa o
aumento de adrenalina, "hormônio de emergência" normalmente
liberado em "situações de estresse
e risco". "O jogador treina e joga
melhor, sente menos a sequência
de partidas e corre os 90 minutos", explicou.
Um dos efeitos mais maléficos
do femproporex é a capacidade
de viciar o seu usuário rapidamente, de acordo com Pinto.
"É um medicamento de uso
muito perigoso. Leva à dependência rapidamente, de duas a três semanas. Se usado por muito tempo, o efeito diminui e são necessárias doses maiores para se obter o
mesmo efeito."
Quando um atleta pára de fazer
uso de doping, é iminente a queda
de rendimento. "Um exemplo
clássico disso é o Ben Johnson,
que, depois de ser flagrado, nunca
mais fez nada. Ele era recordista
mundial", disse Pinto, referindo-se ao velocista canadense, ouro na
Olimpíada de Seul, que teve a sua
medalha cassada após ter corrido
comprovadamente dopado com
um esteróide anabolizante.
(RG)
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