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Gaúchos espalham suas "crias" pela Copa JH
DA REPORTAGEM LOCAL
O time que o Grêmio enfrenta
hoje em Campinas integra os 50%
da segunda fase da Copa João Havelange que não têm "um pé no
estádio Olímpico".
Das 16 equipes que disputam as
oitavas-de-final do torneio, sete
são treinadas por profissionais
que foram jogadores ou técnicos
do Grêmio -sem contar, claro,
com o próprio clube gaúcho.
A lista de "filhotes" gremistas
começa com um dos treinadores
que até hoje simbolizam o futebol
de força e determinação da equipe: Luiz Felipe Scolari, hoje no
Cruzeiro. Gaúcho, foi projetado
nacionalmente após comandar o
Grêmio duas vezes, a última por
três anos e meio (de 1993 a 96).
A relação segue com Emerson
Leão, hoje no Sport e na seleção
brasileira, que teve uma passagem
vitoriosa como jogador pelo Grêmio (foi campeão brasileiro em
1981 e vice em 1982) e outra tímida, de pouco mais de dois meses
(entre o final do ano passado e o
início deste ano), como treinador.
No início dos anos 80, uma das
épocas mais vitoriosas da história
gremista, Leão atuou com o meia
Bonamigo, hoje técnico do Remo.
Outro que foi formado no estádio Olímpico é Valdyr Espinosa,
que vem fazendo boa campanha à
frente do Fluminense. Ele iniciou
a carreira de jogador no Grêmio e
teve seu ponto alto como técnico
no clube, com a conquista do
Mundial interclubes de 1983.
Atualmente no Bahia, Evaristo
de Macedo teve duas passagens
como técnico pelo Grêmio, em
1990 e 1997, neste ano levando o
time ao título da Copa do Brasil.
A lista é completada por Antônio Lopes, hoje no Atlético-PR e
que treinou o Grêmio por cinco
meses este ano, e Hélio dos Anjos,
que passou pelo Olímpico em
1997 e agora treina o Goiás.
O atual técnico gremista, Celso
Roth, não é propriamente uma
cria do Grêmio -o primeiro
grande clube que treinou foi o arqui-rival do Esatdo, o Internacional. Mas algo muito forte liga
Roth ao clube: ele é um dos discípulos brasileiros de Scolari.
"Foi ele quem realmente me
deu a oportunidade de ser assistente técnico pela primeira vez,
quando trabalhamos juntos no
Kuait (em 1988)", lembra Roth.
Ele diz sentir "muita honra" em
ser considerado por alguns um
clone de Scolari, por prezar fundamentos táticos e estilo de trabalho que consagraram o colega.
Roth, em sua segunda passagem como técnico pelo Grêmio,
considera, inclusive, Scolari um
dos maiores responsáveis pelo
processo de "gremização" das oitavas-de-final da Copa JH.
"A escola gaúcha tem histórico
na formação de treinadores. Já tivemos Brandão, Minelli e Ênio
Andrade. Agora, o Luiz Felipe
(Scolari) tem papel de destaque."
Ainda assim, Roth diz que não é
o futebol nacional que resolveu
priorizar a organização tática e a
disciplina em campo. "O futebol
em todo o mundo está objetivo.
Na década de 70, era o romantismo. Os anos 80 foram os da força
física. E agora é o momento da tática. Mas o ideal é fundir os três."
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