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Da web, 'moonbahton' é o ritmo do momento

O "Moonbahton" surgiu por acidente. Dave Nada, DJ de Washington, capital dos Estados Unidos, foi convidado para tocar em uma festa. Ao chegar lá, era festa de reggaeton e ele só tinha discos de techno e de house.

Temendo por sua integridade física, pegou um tecno holandês chamado "Moonbah" e reduziu a velocidade de 130 batidas por minuto para 108 bpms. O ritmo ficou mais "caliente", e os baixos, mais pronunciados.

Em vez de surra, Dave enlouqueceu a galera. Percebeu que tinha algo novo na mão e batizou de "moonbahton" ("Moonbah" + reggaeton). Foi para casa e começou a fazer experimentos com a nova estrutura. Postou tudo na rede.

Na hora, Munchi, DJ de Roterdã, ouviu o resultado e pirou. Começou a produzir faixas novas. Outro DJ da Lituânia fez o mesmo. Depois foi a vez de Diplo, produtor do mega-hit "Paper Planes" da M.I.A. e fã de funk carioca.

Com pouco mais de um ano, o "moonbahton" ganhou adeptos em todo o mundo. Sua história ilustra a música hoje e como surgem as cenas novas. Apesar da raiz nos EUA, nasceu global (foi-se o tempo em que cenas eram de algum lugar, hoje são todas da internet).

Também deu certo porque Dave Nada conhecia o reggaeton. Sabia onde estava pisando e sacou o potencial. Ficou meses refinando o estilo numa pequena noite em um clube decadente de rock.

A partir daí foi catapultado e passou a figurar entre os grandes nomes da eletrônica. Mudou-se para Los Angeles e acaba de sair em turnê com outro DJ que flerta com o "moonbathon", o gigantesco Skrillex (nunca ouviu falar? Ele tem mais de 100 milhões de views no YouTube). Hoje cenas como o Moonbahton nascem e morrem toda hora (alguém se lembra do Witch House?). E mostram que a música nunca esteve tão viva.

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JÁ ERA

Witch house: nasceu, cresceu, morreu

JÁ É

Reggaeton cada vez mais influente

JÁ VEM

"Moonbahton" chegando a um clube (ou um computador) perto de você