|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
QUADRINHOS
"Badlands" narra história fictícia sobre a trama e o "verdadeiro" assassino do presidente norte- americano
HQ imagina conspiração que matou JFK
DA REPORTAGEM LOCAL
No dia 22 de novembro de 1963,
por volta das 12h30, John Fitzgerald Kennedy foi alvejado e morto
enquanto desfilava de carro em
Dallas, no Texas. Na noite daquele
mesmo dia, Lee Harvey Oswald
foi preso e apontado como autor
do disparo. Mais de 40 anos depois, muita gente acha que essa
história encobre uma grande
conspiração. "Badlands: O Fim
do Sonho Americano", graphic
novel que a Devir lança neste mês,
dá vazão a esse tipo de teoria.
"Eu vislumbro "Badlands" como
um romance policial ambientando em 1963, estrelado pelo homem que realmente matou Kennedy", diz Steven Grant, o autor,
no posfácio da HQ. O homem, no
caso, é Conrad Bremen, um pé-de-chinelo recém-saído da prisão,
onde entrou por roubo de veículo.
Por meio de um ex-colega de cadeia, Bremen vira guarda-costas
da filha ninfomaníaca de um milionário e acaba se envolvendo na
conspiração para assassinar JFK.
A história é ficcional: apesar de
não acreditar que Lee Harvey Oswald seja o assassino ("A análise
das evidências indica fortemente
que não", diz o autor no posfácio,
lembrando que somente uma
"bala mágica" poderia ter matado
Kennedy em um único tiro),
Grant não escreveu para apresentar os reais culpados do caso nem
para oferecer qualquer pista conclusiva que elucide a teoria da
conspiração em que acredita.
"Eu não pretendia escrever um
tratado sobre o assassinato de
Kennedy; isso já havia gerado sua
própria indústria de livros reveladores", escreve ele. Sua intenção
foi descrever o corrompido mundo da política e do capitalismo
norte-americano, do qual JFK fazia parte e por culpa do qual acabou sendo assassinado.
O roteiro, mirabolante, tem um
caráter cinematográfico, reforçado pela narrativa não-linear, pela
arte em preto-e-branco de Vince
Giarrano e pelas inúmeras referências à músicas do período.
(MARCO AURÉLIO CANÔNICO)
Badlands
Autores: Steven Grant (roteiro) e Vince
Giarrano (arte)
Editora: Devir
Quanto: R$ 24, em média
Texto Anterior: Dança/Crítica: Balé Teatro Guaíra investiga a perda da memória Próximo Texto: Tempo chuvoso afugenta público de festival de rock em São Paulo Índice
|