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Beach House traz seu rock psicodélico a São Paulo

Dupla americana faz show no dia 28 no Cine Joia e depois toca no Rio

Segundo a vocalista Victoria Legrand, o CD 'Bloom' foi gravado no deserto porque 'é bom se sentir sozinho'

CARLOS MESSIAS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

É um clichê na cena indie atual a presença de bandas que buscam referência nos anos 1960, têm sonoridade "vintage" e se dizem diretamente influenciadas por Beach Boys. Mas um belo exemplo de artista que transformou essa reciclagem em algo original é a dupla de dream pop Beach House.

Fundada em 2004 na cidade de Baltimore (EUA) pela cantora e tecladista Victoria Legrand e pelo guitarrista Alex Scally, o duo evoluiu das melodias simples e graciosas do seu álbum de estreia, lançado em 2006, rumo às canções sofisticadas, densas e de atmosfera onírica que compõem "Bloom" (2012), o seu quarto álbum.

É este trabalho que traz a banda ao Brasil pela primeira vez. No próximo dia 28 eles se apresentam em São Paulo (Cine Joia) e, no dia 30, no Rio (Circo Voador).

"Bloom" foi gravado num deserto a 45 minutos de El Paso, no Texas. De alguma forma, o desolamento e a imensidão que os cercava foram captados no disco.

"Quando você começa a gravar, não tem como saber que proporção terá. Mas é sempre bom se sentir sozinho e isolado para se envolver totalmente com o trabalho", diz a musa Victoria Legrand, 32.

A sonoridade psicodélica do novo trabalho reforça a classificação de dream pop, no qual o Beach House é enquadrado. "O Cocteau Twins é categorizado assim, mas também somos influenciados por The Zombies, George Harrison e pelo soul da Motown. Somos uma dupla de pop. No final das contas, dream pop é só mais um rótulo que não significa nada."

Seu segundo disco, "Devotion" (2008), rendeu à dupla um contrato de três álbuns com a Sub Pop. "Nos concentramos na música, sem distrações", explica Victoria.

Nascida na França, ela é sobrinha do prestigiado maestro Michel Legrand. Depois que se mudou para os EUA, aos seis anos, a cantora estudou piano clássico, mas nega que tenha sido estimulada pelo parentesco. "Não temos um relacionamento e ele nunca fez nada por mim. Compartilhamos apenas o sobrenome."

Um episódio na trajetória da dupla que rendeu controvérsia foi o cancelamento do seu set no festival de Glastonbury, na Inglaterra, em 2010, por supostamente estarem chapados de ecstasy.

"Estávamos com problemas técnicos, ficamos bravos e fizemos essa brincadeira. Mas a imprensa britânica levou a sério", diz a vocalista.


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