São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 2002

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Campo Grande quer se expandir

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Uma região em transformação. Esse é o perfil, hoje, de Campo Grande, que aguarda as definições de planejamento urbano para consolidar sua estrutura.
Existem muitas áreas predominantemente residenciais no distrito. Uma delas é o Jardim Marajoara. Entretanto, há ali uma pequena Z8, zona comercial, que preocupa os moradores.
Gerhard Berke, 64, diretor da sociedade amigos de bairro local, diz que a zona comercial é desnecessária, uma vez que há estabelecimentos no entorno do lugar.
Ele sugere, ainda, a transformação de parte do Jardim Marajoara em área de lazer, com limitação do tráfego de passagem.
A maior dor de cabeça é mesmo provocada pelo fluxo do trânsito. A av. Sargento Lourival Alves de Souza, que passa sobre o córrego Zavuvus, morre no muro do colégio Santa Maria. "Em função dessa descontinuidade", diz Berke, "o tráfego é desviado para o interior do bairro Jardim Taquaral".
Mas o mais complicado ponto de estrangulamento do trânsito é o cruzamento das avenidas Interlagos e Nossa Senhora do Sabará. Para esse trecho, o Plano Diretor prevê intervenções em 2006.
Já para o City Campo Grande, movimento de passagem não preocupa. Afinal, o bairro é formado sobre um bolsão residencial. O objetivo é dar o caráter de zona estritamente residencial ao bairro, apesar de, hoje, ele ser classificado como zona mista.
"Pretendemos ainda que seja definida como área de preservação ambiental", sustenta Sylvio Luz Pinto, 53, presidente da Sociedade dos Amigos dos Moradores do Jardim Campo Grande. "E que haja uma zona de transição no entorno, com características residenciais e de serviços."

"Cidade-fantasma"
Os bairros Jardim Bélgica e Vila Anhanguera, que constituem zonas Z2, pleiteiam sua transformação em estritamente residenciais. "Estaria mais de acordo com as características locais", argumenta Wagner Frank, 52, representante da Vila Anhanguera.
Uma outra questão a ser discutida é a de antigos galpões industriais nas proximidades do cruzamento da avenida das Nações Unidas com a Interlagos.
"Trata-se de uma área de vazios expressivos, que precisa de redefinição urbana", diz Luz Pinto. Empresas de serviços e de comércio já têm se instalado no local.
A "cidade-fantasma" de armazéns tem grande potencial de crescimento, revela Márcio Luiz da Costa, 40, coordenador do Plano Diretor Regional também do distrito. "Mas é preciso haver planejamento, senão a estrutura pode tornar-se inadequada para absorver novos investimentos."
Regina Monteiro, do Defenda São Paulo, aposta no turismo de negócios na região. "Podem se instalar shoppings, casas de espetáculos e hotéis de luxo." (EV)

Associações: Água Funda, 0/xx/11/ 9764-1104; Brooklin, e-mail sabrove@osite.com.br; Campo Belo, caixa postal 18.166, CEP 04626-970, São Paulo, SP; Jardim Campo Grande, 0/xx/11/ 5515-7311; Jardim da Saúde (lojistas), 0/xx/11/5061-2771; Jardim da Saúde (moradores), 0/xx/11/5073-3108; Jardim Marajoara, 0/xx/11/5541-8390; Vila Anhanguera, 0/xx/11/9126-5359.


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