|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PLANO DIRETOR EM DEBATE
Há potencial imobiliário, mas é preciso lidar também com comércio, enchente e trânsito
Cursino vive dilema sobre crescimento
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O Cursino é considerado por
muitos arquitetos como uma das
boas áreas de expansão na cidade
de São Paulo. Mas, para tanto, será preciso uma reformulação na
estrutura local, a partir do ataque
a problemas como o das frequentes enchentes e o do trânsito.
Na opinião de Maximiliano Peregrina, 55, coordenador do Plano Diretor Regional da subprefeitura do Ipiranga (da qual o distrito do Cursino faz parte), a grande
meta para a região é melhorar a
qualidade de vida de sua população nos próximos dez anos.
Rumo a esse cenário, o Jardim
da Saúde foi tombado pelo Patrimônio Histórico, em 27 de agosto. Mas nem todos comemoraram. Para Samir Khoury, 48,
presidente da associação dos
lojistas do bairro, o tombamento
constitui uma moeda de duas
faces. "De um lado, preserva
a qualidade de vida. De outro,
breca o progresso comercial."
O Jardim da Saúde constitui
uma Z2. Sua mudança para zona
estritamente residencial estava
prevista no Plano Diretor, mas foi
vetada de última hora pela prefeitura. Nesse impasse reside a batalha da sociedade de bairro local.
"Há restrições contratuais de
uso comercial para muitos imóveis", diz Heitor Tommazini, 39,
presidente da Associação dos Moradores do Jardim da Saúde.
Rumo à av. Doutor Ricardo Jafet e às proximidades do shopping Plaza Sul, a preocupação fica
por conta das águas pluviais. A região alaga quando chove. Uma
solução para o problema seria
permeabilizar o solo com a criação de áreas e corredores verdes.
Ilhados aos domingos
É o que não falta nas imediações
do Zoológico de São Paulo, na av.
Miguel Stéfano, no bairro da
Água Funda, onde se caracteriza
uma área de proteção ambiental.
Ali, junto com o trânsito próximo ao Jardim Botânico, na mesma avenida, os visitantes do zôo
acabam provocando outro tipo
de inundação nos finais de semana: a de carros. "Isso porque há
inversão de mão em certas ruas",
conta Izabel dos Ramos, 45, presidente da Sociedade Amigos da
Água Funda.
(EDSON VALENTE)
Texto Anterior: Plano Diretor em debate: Congonhas tira o sono do Campo Belo Próximo Texto: Campo Grande quer se expandir Índice
|