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Poupo R$ 15 mil, mas não aplico. Qual é a melhor opção para o longo prazo?

G. O., de Curitiba

RESPOSTA DO CONSULTOR DE FINANÇAS MAURO CALIL, DA CALIL&CALIL, E AUTOR DO LIVRO "A RECEITA DO BOLO" - Caro leitor, não ter investimento algum mesmo com alta renda e a capacidade de poupança informada é uma temeridade.

Talvez o senhor não consiga poupar tanto como menciona, o que seria muito ruim, mas talvez essa renda seja fruto de uma nova fase em sua vida, o que seria uma melhor situação.

Para um investimento de longo prazo, para a aposentadoria, é importante definir em que idade você deseja se aposentar e em qual padrão de consumo -se os R$ 15 mil atuais ou algo mais próximo de R$ 30 mil- antes de buscar um ou mais produtos financeiros para suportar seu plano.

Para aposentadoria, não podemos falar em prazos menores de dez anos. O ideal seria ter períodos superiores a 20 anos. Com prazos longos e alta capacidade de poupança, sua chance de manter o padrão de consumo atual e mesmo aumentá-lo é muito grande.

Para tanto, você pode tomar dois caminhos com vantagens e desvantagens em cada um deles.

O primeiro seria adquirir um produto de "prateleira" destinado a aposentadoria complementar (PGBL ou VGBL). A escolha entre ambos se dará pelo tipo de tributação da sua renda -se na fonte ou não- e, visto que estamos falando de dez anos ou mais, a opção pelo regime de tributação regressiva que chegará a 10% no final do período. Não aceite nenhuma taxa de carregamento e fique atento: a taxa de administração não deve passar de 1% ao ano.

Esses produtos podem conter renda fixa e renda variável, o que constitui uma diversificação "automática" feita pelo gestor.

Outro caminho seria o do "faça você mesmo", em que o senhor escolhe as aplicações financeiras, economizando as taxas, porém acabará por ter tributação mais elevada, de 15% no mínimo.

EU INVISTO EM

Caroline Bittencourt, modelo

"Não sou superentendida de negócios, então ouço muito os conselhos do meu gerente. Invisto em oportunidades seguras. Atualmente, aplico em CDB, que é uma maneira prática de investir sem grandes riscos"

RENDA MENSAL

Vendi um terreno que gerava renda mensal de R$ 10 mil. Que opção segura de investimento, para o dinheiro da venda, pode me proporcionar rendimento semelhante?

L.C.B., de São Paulo

RESPOSTA - Se o terreno foi vendido por R$ 1 milhão, sua rentabilidade era de 1%; se foi negociado pela metade desse valor, a rentabilidade era de 2%. No mercado financeiro, você pode encontrar rentabilidades brutas de 10,5% ao ano -0,83% ao mês- em aplicações de muita segurança, como os títulos do governo.

TESOURO DIRETO

Quero comprar um automóvel à vista e pretendo, para isso, aplicar um valor mensal durante três anos. Tesouro Direto é melhor que poupança? Os juros compostos vão agir em cima de todo o valor aplicado?

R.C., de São Paulo

RESPOSTA - A rentabilidade do Tesouro é maior que a da poupança; sim, você terá juros compostos desde que reaplique os juros, eventualmente recebidos em cupons no período, em novas compras de títulos. Se não comprar mais títulos com os juros recebidos, não forjará os juros compostos (juros sobre juros).

ESTRANGEIRO

Moro na Suíça há mais de um ano. Pago previdência privada (VGBL) e aplico em um fundo DI. Resolvi manter meus investimentos no Brasil devido aos altos juros -meu banco suíço pratica juros de 1,25% ao ano para a poupança. Quando voltar, como declaro meu Imposto de Renda depois de empregado?

J.P.M., de Berna, (Suíça)

RESPOSTA - O melhor caminho é pedir a saída definitiva. Feito isso, os 12 primeiros meses de renda no exterior serão declarados e tributados normalmente no Brasil. Quando regressar, o senhor fará uma declaração de isento informando os valores recebidos no exterior.

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