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Estivadores paralisam parcialmente o porto de Santos

Trabalhadores dizem que nova lei, que prevê contratação pela CLT e não por trabalho avulso, tira sua liberdade

JEFERSON BERTOLINI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM SANTOS

Estivadores do porto de Santos, o maior da América Latina, fizeram ontem um protesto de seis horas contra as mudanças no sistema de contratação de mão de obra previstas pela chamada MP dos Portos, aprovada em maio pelo Congresso. O porto ficou com as atividades parcialmente paralisadas.

Segundo o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão, Rodnei Oliveira da Silva, 4.500 dos 9.000 filiados pararam no turno da manhã.

Os trabalhadores discordam do artigo que desobriga os terminais privados de contratá-los pelo Ogmo (Órgão Gestor de Mão de Obra), órgão constituído pelos operadores portuários.

Pelo Ogmo, a categoria faz trabalhos "avulsos" e não precisa ter contratos com os terminais regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o que, segundo estivadores consultados pela reportagem, "tira a liberdade" do trabalhador e é "contra a tradição do porto".

Os trabalhadores criticaram diretamente a Embraport (Empresa Brasileira de Terminais Portuários), terminal privado que já está contratando trabalhadores sem intervenção do Ogmo, como prevê a reforma portuária.

Em nota, a empresa informou que a nova Lei dos Portos permite contratar trabalhadores pela CLT, "que é o regime que dá mais segurança e garantias ao trabalhador".

O trabalho foi retomado no turno da tarde. Durante a manhã, o carregamento de 13 dos 35 navios atracados foi afetado por causa do protesto. A maioria atracou para ser carregado com produtos em contêineres, como eletrônicos, químicos e frutas.

Os 22 navios cujo abastecimento não foi afetado foram carregados com produtos embarcados por esteiras, como milho a granel, em processos que demandam menos mão de obra.


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