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Petrobras quer aumento de combustíveis

Diante de inflação alta, empresa precisa alimentar caixa para evitar mais endividamento, diz diretor financeiro

Mercado reage mal à possibilidade de estatal estourar teto de dívida; para analista, subir preço em 2013 é inviável

DENISE LUNA DO RIO

A Petrobras busca "intensamente" mais um ajuste de combustíveis neste ano diante da alta da inflação, afirmou ontem o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa.

Segundo o executivo, a empresa não deve elevar mais seu endividamento no ano e será preciso lançar mão do caixa para fazer frente aos investimentos necessários.

A Petrobras já captou US$ 20 bilhões e investiu R$ 44,1 bilhões, dos R$ 97,7 bilhões previstos para o ano, no primeiro semestre.

Mas, sem aumento de preços dos combustíveis para alimentar o caixa, a empresa poderia estourar o teto de 35% que estipulou para sua alavancagem (proporção de endividamento líquido em relação ao capital da empresa), afirmou Barbassa.

Na prática, isso pode levar as agências de rating a rebaixar a Petrobras do "grau de investimento" conquistado, o que encareceria os futuros empréstimos da empresa.

"Não há chance de o governo conceder um novo aumento para a gasolina e para o diesel com essa inflação do jeito que está", afirmou o economista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi.

O mercado reagiu mal à possibilidade de aumento da alavancagem, e as ações da empresa caíram após curta lua de mel pelos resultados do segundo trimestre --o lucro de R$ 6,2 bilhões superou expectativas. Os papéis preferenciais recuaram 2,81%, e os ordinários, 1,45%.

INFLAÇÃO

A inflação já superou duas vezes o teto da meta do Banco Central, de 6,5% ao ano.

O mais recente ajuste concedido à Petrobras foi em janeiro, de 6,6% para a gasolina e 10,5% para o diesel. Mesmo assim, a defasagem entre o preço que a empresa paga no mercado externo por combustível e o que ela vende no interno fica entre 14% e 17%.

No segundo trimestre, a empresa conseguiu reduzir as importações dos derivados usando estoques e elevando a produção das refinarias.

Para o segundo semestre, porém, a expectativa do diretor de Abastecimento, José Cosenza, é de aumento das importações.


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