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EUA querem barrar fusão entre American e US Airways

Para Departamento de Justiça, criação da maior empresa aérea do mundo prejudica consumidor ao reduzir concorrência

MARIANA BARBOSA DE SÃO PAULO

O governo dos EUA, juntamente com seis Estados e mais o Distrito de Columbia, contestou na Justiça a proposta de fusão da American Airlines com a US Airways.

Negócio de US$ 11 bilhões, a fusão, se concretizada, resultará na criação da maior companhia aérea do mundo.

As autoridades consideram que o negócio pode causar danos aos consumidores americanos, que teriam de arcar com passagens aéreas mais caras devido à menor concorrência no setor, além de uma menor oferta de voos.

"Se a fusão for adiante, mesmo um pequeno aumento no preço dos bilhetes e nas taxas cobradas por bagagens extras ou remarcação de voos resultaria em prejuízo milionário para os consumidores", afirmou o subprocurador responsável por assuntos de concorrência no Departamento de Justiça, Bill Baer.

A principal preocupação das autoridades se concentra no aeroporto de Washington, onde as duas companhias teriam 63% dos voos diretos. Ainda segundo o Departamento de Justiça, a fusão deixaria 80% dos voos comerciais nos EUA na mão de quatro companhias.

A fusão foi aprovada pelos conselhos de administração das duas empresas em fevereiro. O negócio é visto como estratégico para a American Airlines deixar o processo de recuperação judicial em que se encontra desde 2011.

"O fato de o Departamento de Justiça ser contra não quer dizer que [a fusão] não vai acontecer. As partes podem dar início a um processo de negociação, mas casos complicados como esse podem levar até três anos", diz o consultor Cleveland Prates, ex-conselheiro do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

DEFESA

Em nota, a American Airlines e a US Airways declararam que farão uma "defesa vigorosa" contra a tentativa do Departamento de Justiça de bloquear a operação, apelando a todas as alternativas judiciais.

"Acreditamos que o departamento esteja errado em sua análise sobre a nossa fusão", disseram as empresas.

"A motivação para juntar as companhias é integrar as nossas malhas complementares para beneficiar os passageiros."

As empresas dizem ainda que a medida é a melhor saída para a reestruturação da American.

"O amplo apoio por parte dos funcionários e dos investidores de ambas as companhias sublinha o fato de que esse é o melhor caminho para as empresas e para os clientes e as comunidades atendidas."


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