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Mercado de trabalho americano decepciona pelo 2º mês seguido

Criação de vagas em janeiro é menor que a esperada e é novo dado econômico que desaponta

Economistas divergem se indicador será suficiente para BC reduzir os cortes dos estímulos à economia

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

Os EUA criaram, pelo segundo mês consecutivo, menos empregos do que o previsto, o que, se não acendeu um alerta geral sobre a maior economia global, reduziu as esperanças de uma retomada mais forte e sustentável.

A economia americana gerou 113 mil postos de trabalho em janeiro foram criados em janeiro, contrariando as expectativas de analistas, que esperavam 180 mil novas vagas. Em dezembro, houve a criação de 75 mil postos.

O resultado dividiu opiniões de economistas americanos. Parte deles está preocupada com a melhora da economia, após dois meses seguidos de dados fracos do mercado trabalho.

Outros, porém, atribuem os números decepcionantes ao inverno mais rigoroso.

Indicadores de janeiro, divulgados nos últimos dias, têm mostrado resultados pouco animadores, como as vendas do setor automotivo e a produção da indústria.

A grande questão é se o Fed (BC americano) vai continuar com seu ritmo de corte nos estímulos adotados no fim de 2012 --ele reduziu em US$ 10 bilhões em cada uma das duas últimas reuniões, para US$ 65 bilhões ao mês.

A retirada de estímulos dos EUA, ao lado da recuperação da economia americana, tem pressionado os países emergentes (como o Brasil) a elevar os juros para atrair os recursos necessários.

A próxima reunião do Fed (a primeira sob o comando de Janet Yellen, nova presidente do Fed) será em março.

Na semana que vem, ela prestará, pela primeira vez, depoimento no Congresso americano --uma das tarefas regulares do presidente do Fed--, quando poderá sinalizar se haverá mudanças na política do banco central.

Para Jim Baird, da consultoria Plante Moran Financial Advisors, "a persistência de dados mais suaves' do que o esperado por um longo período pode levar o Fed a desacelerar o ritmo dos cortes e estender a duração do programa [de estímulos]".

No entanto, Justin Wolfers, do Instituto Brookings e colaborador do "New York Times", diz que está "sonhando" quem acredita numa mudança no ritmo de retirada de estímulos do banco devido ao dois últimos dados de geração de emprego.

"Mas é claro que o Fed vai ter que fornecer uma orientação mais clara sobre o compromisso cada vez mais sem sentido sobre a taxa de desemprego de 6,5%", escreveu Wolfers no Twitter.

O analista se refere à decisão do comitê de política monetária, em sua última reunião, de manter os juros baixos --hoje próximos de zero-- enquanto o desemprego não estiver abaixo de 6,5%.

Segundo o relatório divulgado ontem, a taxa de desemprego caiu de 6,7% em dezembro para 6,6% em janeiro, o menor percentual desde outubro de 2008.

A taxa, contudo, tem sido considerada um indicador cada vez menos "confiável", já que ela vem sendo afetada pelo crescimento de pessoas que desistiram do mercado de trabalho e, por isso, são excluídas dos dados oficiais.


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