Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Governo adia decisão sobre dívida da energia

Setor alega não ter caixa para suprir gastos de R$ 3,7 bi para comprar luz em fevereiro

JULIA BORBA VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

Sem tomar uma decisão definitiva sobre como irá tratar a dívida das elétricas com a compra de energia, o governo adiou para abril uma conta de R$ 3,7 bilhões.

Essa é a estimativa do próprio setor para os gastos das distribuidoras no mês de fevereiro, quando o preço da eletricidade bateu no teto --R$ 822 por megawatt-hora.

A conta refere-se à energia que as distribuidoras tiveram de adquirir no mercado livre, a preço mais alto por causa do uso intensivo das usinas térmicas devido à queda dos reservatórios das hidrelétricas.

Na sexta-feira, o governo publicou decreto em que assume as despesas das distribuidoras com a compra de energia realizada em janeiro, uma conta de R$ 1,2 bilhão. As empresas defendem que o montante é de R$ 1,8 bilhão, se considerados outros gastos com energia térmica.

O texto, assinado pela presidente Dilma Rousseff, não especifica quem pagará a conta, se serão os consumidores ou apenas do Tesouro. Segundo a Folha apurou, a tendência é o governo dividir os gastos com os dois lados.

O decreto também não diz se essa conta pode recair, no futuro, sobre as tarifas. Essa foi a estratégia adotada no ano passado, quando o governo assumiu a conta das distribuidoras, mas estabeleceu que o valor seria repassado às tarifas ao longo de cinco anos --de 2014 a 2018.

Neste ano eleitoral, porém, nenhuma parte dessa conta foi repassada aos consumidores, o que evitou reajustes maiores das tarifas.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página