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País restringe venda de carne bovina para o exterior

DE BUENOS AIRES

O secretário do Comércio argentino, Augusto Costa, informou aos ruralistas que irá restringir mais a exportação de carne. Na prática, o governo irá emitir menos licenças que autorizam a vender carne bovina a outros países.

Para exportar, frigoríficos precisam pedir uma autorização chamada ROE. Segundo o economista da Sociedade Rural Argentina Ernesto Ambrosetti, os produtores não sabem ao certo quais são os critérios pelos quais aprova-se ou reprova-se esse requerimento.

"[Costa] afirmou que vai restringir mais. A Argentina, historicamente, exporta 20% da sua produção de gado. Hoje exportamos de 4% a 5% do total. Com esse anúncio, irá cair ainda mais."

Ambrosetti diz que às vezes os pedidos são aprovados mediante um acordo: o frigorífico vende uma parte ao mercado interno a preços baixos. Depois disso, os exportadores ainda pagam imposto sobre o que vai para fora.

O intuito das medidas é baixar o preço da carne dentro da Argentina. Mas, como um efeito secundário, faz com que o país perca mercado externo.

PERDAS

Um estudo da Universidade Católica publicado recentemente aponta que, em dez anos, o país deixou de ganhar US$ 10 bilhões com vendas ao mercado externor.

Fernando Gil, um dos economistas que escreveram a tese, afirma que esse dinheiro acabou indo para outros três países: Brasil, Uruguai e Paraguai.

Ele afirma que a Argentina deixou o posto de terceiro maior exportador de carne do mundo para se tornar o 12º, atrás de Belarus.

Segundo Gil, entre 2003 e 2013, cerca de 130 frigoríficos fecharam as portas no país. Ele afirma que em 2005 a Argentina exportou 770 mil toneladas de carne, enquanto no ano passado foram cerca de 200 mil.


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