Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Embaixador vai minimizar caso Snowden

ELIANE CANTANHÊDE COLUNISTA DA FOLHA

O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, recusou o convite para depor no Congresso, mas terá encontro hoje com o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), para discutir as denúncias de que seu país espionou milhões de telefonemas e emails no Brasil.

Conforme a Folha apurou, Shannon apontará três problemas nas denúncias de Edward Snowden: contêm erros factuais, foram retiradas de contexto e ganharam conotação "espetaculosa".

Ele já enviou mensagem prévia a Ferraço, por escrito, justificando que não iria depor porque o governo dos EUA já vem prestando esclarecimentos ao governo brasileiro por diferentes canais e ainda não concluiu a análise de todas as denúncias.

Shannon já conversou sobre o programa de segurança dos EUA com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e com o secretário geral do Itamaraty, embaixador Eduardo dos Santos.

Um dos argumentos de Washington para desqualificar, ou minimizar, a acusação de violação de telefonemas e de emails no Brasil é que há muitas outras prioridades para a inteligência dos EUA.

DIFERENÇAS

Quanto ao Brasil, a avaliação é que o país tem uma capacidade peculiar de sair de crises sem guerras e sangue, como ocorreu no fim da ditadura militar (1964-1985) e no impeachment do então presidente Fernando Collor.

São situações muito diferentes, portanto, e as relações entre os dois países se desenvolvem em ambiente de absoluta normalidade e de crescentes investimentos norte-americanos no Brasil e, inclusive, de brasileiros nos EUA.

Na avaliação tanto do Itamaraty quanto do Departamento de Estado dos EUA, o governo brasileiro está no seu papel de cobrar explicações, mas isso deve ser assunto encerrado até o fim de outubro.

É quando a presidente Dilma Rousseff terá encontro com Barack Obama, em Washington, na única visita de Estado de um presidente estrangeiro ao país neste ano.

Shannon está de saída do Brasil. Ele será substituído pela diplomata de carreira Liliana Ayalde, 57, filha de um médico colombiano radicado nos EUA. Ainda não há uma data definida para que ocorra a troca.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página