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Kirchnerismo sai na frente em primária

Contagem parcial em prévia de eleição legislativa na Argentina dava vantagem aos candidatos governistas

Oposição, porém, liderava em províncias importantes; resultado será termômetro para pleito de outubro

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

Os primeiros resultados das eleições primárias obrigatórias para o Legislativo da Argentina, ontem, mostravam a presidente Cristina Kirchner e sua coalizão, a Frente para a Vitória (FpV), ganhando no país como um todo, mas perdendo nos principais Estados.

A Fpv tinha 3.311.558 dos votos e a União Cívica Radical, de oposição, 1.108.573.

Até as 0h, 60% das urnas haviam sido apuradas. Na província de Buenos Aires, que concentra 37,3% dos eleitores argentinos, a contagem estava mais atrasada. Com 39,2% de votos computados, o pré-candidato de oposição Sergio Massa, da Frente Renovadora, liderava a prévia com 34%. O oficialista Martín Insaurralde estava em segundo, com 28%.

Cristina perdeu em sua Província, Santa Cruz, governada há anos pelo kirchnerismo. A lista de oposição da União Cívica Radical foi declarada vencedora com 70% da apuração concluída. O governo também perdia em Córdoba, Mendoza e Santa Fé.

Segundo a Câmara Nacional Eleitoral argentina, 70% dos 30 milhões de eleitores votaram ontem.

Nas primárias, os argentinos foram obrigados a escolher quais quais candidatos ao Senado e à Câmara deverão concorrer em outubro. Os partidos que não alcançarem o mínimo de 1,5% de votos não participarão da eleição.

O pleito de outubro coloca em jogo a governabilidade de Cristina Kirchner nos próximos dois anos de seu mandato. Sem a maioria na Câmara, ela não conseguirá aprovar uma reforma constitucional que lhe dê a possibilidade de um terceiro mandato.

DENÚNCIAS

A presidente acompanhou o início da apuração ao lado de dirigentes da Frente para a Vitória no hotel Intercontinental, em Buenos Aires.

Pela manhã, ela votou na cidade de Río Gallegos, em Santa Cruz, e rebateu perguntas de jornalistas sobre denúncias de corrupção em seu governo. "Mais do que com denúncias, [a eleição] se ganha com propostas, com gestão e com governo", afirmou.

"Venho escutando denúncias há 20 anos. Desde 1987 e durante o governo de Néstor na prefeitura [de Río Gallegos]. Em seus três governos, durante seu mandato na Presidência e nos dois meus. Elas são feitas em épocas eleitorais e depois não dão em nada."

Às 20h de ontem, cerca de 200 militantes estavam na porta do hotel onde Cristina e seus candidatos aguardavam os resultados.

Em seu discurso, a presidente, acompanhada por líderes da Fpv, disse: "Estamos em condições de manter ou de aumentar a representação parlamentar".


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