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O NOVO PAPA
REPERCUSSÃO
Bento 16 é "servo do Senhor", diz Bush
Presidente americano destaca a "grande sabedoria"; Kofi Annan diz que Bento 16 traz a "riqueza da experiência" ao ofício
DA REDAÇÃO
DE BUENOS AIRES
Líderes mundiais manifestaram
ontem cumprimentos ao cardeal
alemão Joseph Ratzinger por sua
eleição como papa, apontando
sua "sabedoria" e qualificando-o
como um grande teólogo.
O presidente dos EUA, George
W. Bush, classificou o novo papa
de "um homem de grande sabedoria e conhecimento".
"É um homem que serve ao Senhor", disse Bush. "Juntamo-nos
aos nossos cidadãos e a milhões
ao redor do mundo que rezam pela contínua força e sabedoria a
Sua Santidade ao liderar a Igreja
Católica."
O porta-voz do Departamento
de Estado, Adam Ereli, afirmou
que os EUA "esperam trabalhar
com Sua Santidade e a Santa Sé
para cimentar nossa já excelente
relação bilateral e para promover
a dignidade humana ao redor do
mundo".
Em nota, o secretário-geral da
ONU, Kofi Annan, disse que Bento 16 "traz uma riqueza de experiência a esse ofício" e que "a
ONU e a Santa Sé compartilham
um forte compromisso com a
paz, justiça social, dignidade humana, liberdade religiosa e respeito mútuo entre as religiões".
O premiê holandês, Jan Peter
Balkenende, disse que o novo papa levará adiante a luta de João
Paulo 2º pela paz. "Ele tem sido
mostrado como um bicho-papão
e "cardeal panzer" por seus adversários. É muito claro que os cardeais escolheram uma transição
segura, um homem em que podem pensar: "podemos ir para casa tranqüilos, a lojinha em Roma
está em boas mãos"."
Outros líderes mundiais, entre
os quais o presidente francês, Jacques Chirac, o premiê espanhol,
José Luis Rodríguez Zapatero, e o
premiê italiano, Silvio Berlusconi,
também enviaram mensagens de
congratulação ao novo papa.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, desejou a Bento 16
"sucesso" e que "o apoio do Vaticano para uma paz justa na Terra
Santa continue".
Em Israel, o chanceler Silvan
Shalom afirmou esperar que "esse
papa, considerando sua experiência histórica, seja especialmente
comprometido com uma luta
contra o anti-semitismo".
Já o ministro israelense de Habitação, Isaac Herzog, foi mais cauteloso. "O tempo dirá se ele será
tão comprometido como seu predecessor com a melhora nas relações com o povo judeu", disse. "O
novo papa não é muito conhecido
nesse aspecto e teremos de esperar e ver o que vai acontecer."
O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, ausente no enterro
de João Paulo 2º, afirmou ontem
que "obviamente" irá à cerimônia
de início do pontificado de Bento
16.
Guillermo Marcó, porta-voz do
cardeal Jorge Bergoglio, primaz
da Argentina, que era apontado
como "papável", disse que "é preciso dar tempo" a Ratzinger, que
"curiosamente tem essa imagem
de conservador, mas talvez não o
seja".
"Ele é um teólogo de grande estatura, que escreveu profundas
reflexões sobre a natureza de
Deus e da igreja", disse o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, chefe da Igreja Anglicana.
"Espero conhecê-lo e trabalhar
juntos sobre o legado de seu antecessor para promover um entendimento entre nossas igrejas."
Com agências internacionais
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