São Paulo, domingo, 05 de janeiro de 2003


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FRANCHISING

Setor tem diversos formatos para quem quer investir e enfrentar a grande concorrência

Farmácia não segue "receita pronta"

Fabiana Beltramin/Folha Imagem
Selma Pato Vila, proprietária da Pro Dia, que foca em diabéticos


DA REPORTAGEM LOCAL

São poucos os setores considerados essenciais pelos consumidores, independentemente de altos e baixos da economia. O de farmácia é um deles. Afinal, parte do orçamento familiar sempre é destinada à compra de remédios.
Mas, para emplacar um negócio nesse mercado, é preciso estar apto a enfrentar a concorrência.
Existem hoje na cidade de São Paulo cerca de 8.500 farmácias, segundo a Abrafarma (Associação Brasileira de Farmácias).
Na hora de escolher o formato do negócio, é preciso analisar com calma, pois os tradicionais pontos-de-venda de medicamentos não são a única opção.
"Eles vêm sendo gradativamente substituídos por drogarias com aparência de supermercado", explica Antônio Geraldo Ribeiro dos Santos Júnior, 36, farmacêutico e coordenador do curso de montagem de farmácias ministrado pela consultoria Racine.
Farmácias focadas em setores -como as especializadas em produtos para diabéticos- também têm se popularizado bastante nas últimas décadas.
"Setorizar é uma opção, mas não é o único caminho. Para ter um negócio completo, o empresário deve ser capaz de concentrar itens de todos esses setores no mesmo local", diz Santos Júnior.
Não foi o que fez a rede de franquias Dermage. Além de optar pelo serviço de manipulação, a empresa apostou especificamente em dermatologia e cosméticos, e a fórmula parece ter dado certo.
"Investir numa especialidade nos deu condições de conquistar um nicho e atendê-lo com qualidade", avalia Marilene Nuss, coordenadora de franquias.
Já a família Pato Vila, com vários diabéticos na árvore genealógica, percebeu a dificuldade de encontrar produtos para os portadores da doença e aproveitou a lacuna para lançar a rede Pro Dia, que conta com cinco unidades com um faturamento médio de R$ 40 mil mensais cada uma.
O formato de franquia é mais explorado pelas farmácias diferenciadas. No caso das redes tradicionais, o modelo não é tão adotado. Entre os associados da Ambrafarma, apenas uma rede convencional de drogarias opera no setor de franchising, a Farmais.
Foi ela a escolhida pelo empresário Eid Mansur, 24, dono de duas unidades da rede em São Paulo. "Ter o amparo de uma marca reduz as chances de o negócio dar errado", afirma.



Texto Anterior: Projetos de lei já propõem nova mudança
Próximo Texto: Curso aborda a montagem e a administração
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.