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Tem mais chance de sucesso no mercado de produtos místicos quem entende profundamente do assunto. Essa é a principal dica dos empresários do setor.
"Comecei como hobby, pois é uma coisa pela qual sou apaixonada. Depois o negócio cresceu além das expectativas", conta Debora do Amaral, proprietária da marca Gopisvara, que fabrica velas de variados tipos.
Aberta há cerca de dois anos, a loja tem hoje 40 revendedores fixos no portfólio. Amaral, que também é professora de ioga, diz se dedicar "de corpo e alma" ao ofício. "Faço uma prece para cada vela produzida e, uma vez por ano, vou para a Índia para aprender novas técnicas", explica.
Marli Funke, 39, pretende seguir o mesmo caminho. Por enquanto, está frequentando centros espíritas e fazendo cursos na área para, no futuro, abrir o próprio negócio. "São Paulo tem um ritmo de vida muito estressante. Acho que as pessoas têm interesse crescente em desenvolver a própria espiritualidade."
Em vez de abrir uma loja com artigos esotéricos, ela diz preferir o segmento de cursos e palestras. "Há muita carência de informações, as pessoas sabem o que querem, mas não sabem o que precisam para chegar lá", afirma.
O consultor da Francap André Giglio lembra que "paixão não basta" para se tornar empreendedor na área. "Também é preciso ter visão comercial. O empresário pode saber que determinado símbolo é mais "eficaz" ou "autêntico" do que outro, mas às vezes é necessário ponderar sobre qual vai atingir mais público."

Quanto gastar
Os investimentos para viabilizar uma loja de artigos esotéricos e de decoração temática são relativamente baixos. Com R$ 10 mil de aplicação inicial e R$ 5.000 de capital de giro, é possível começar.
No início, não são necessários funcionários: o próprio dono pode assumir atendimento e caixa.
Quando precisar de ajuda, não se esqueça de treinar muito bem a sua equipe para dar explicações.
Outra opção é manter uma livraria especializada em obras esotéricas. O investimento inicial é o mesmo, e o mais importante é ter uma "cara" bem definida para se diferenciar da concorrência das grandes livrarias, que também oferecem publicações na linha.



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