São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 2002

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Combinação infeliz

A reportagem da capa do encarte Acontece (edição SP) do último dia 15 gerou um caso curioso.
O título era "Por quem os sinos dobram", expressão referente a morte e luto. O texto e as tabelas, no entanto, tratavam dos festejos de Natal em São Paulo.
Quem chamou a atenção para o paradoxo foi a professora universitária aposentada Maria Edith Garboggini di Giorgi, de São Paulo, em um e-mail ao ombudsman.
Eis alguns trechos:
"O dobre dos sinos, cadência lenta das badaladas, significa, na liturgia cristã, o anúncio de morte e luto. A expressão entrou na literatura com um poema de John Donne (...) Hemingway tirou desse poema o título de um de seus livros (...) para expressar a morte e o luto na Espanha. Assim, sendo expressão consagrada, o dobre dos sinos não pode, absolutamente, ser usada para designar festejos e alegrias".
Nada a acrescentar.



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