Um deficiente dinamarquês está
brigando na Justiça para conseguir que o governo do país lhe
ajude a pagar pelos serviços de prostitutas que vão a sua
casa.
Torben Hansen sofre de paralisia cerebral, que afeta severamente
sua fala e sua mobilidade, e acredita que o governo local
tem a obrigação de arcar com os custos extras em que incorre
quando contrata os serviços de uma prostituta.
Ele alega que não tem como ir encontrá-las e por isso tem
que pagar um preço mais elevado pela visita a domicílio.
"É muito mais caro contratá-las para vir aqui em casa do que
ir a um bordel", disse Hansen à BBC.
"É uma necessidade para mim. Eu não me movimento muito bem
e me é impossível ir até lá." O caso está sendo analisado
pela Justiça da Dinamarca.
Confiança
As autoridades locais da Dinamarca indenizam pessoas que têm
gastos extras decorrentes de deficiências. A prostituição
e outras atividades comerciais que envolvem o sexo não são
ilegais, desde que não constituam a única fonte de emolumentos
de uma mulher.
Hansen começou a solicitar a visita de prostitutas após participar
de um curso em um centro de atendimento social.
Lá ele e outros deficientes aprenderam que, se sentissem necessidade,
"poderiam fazer alguma coisa a respeito". "Eu sentia um forte
desejo sexual, e acho que me senti confiante naquela ocasião
para chamar uma garota para ir à minha casa."
"Desde então recebi várias acompanhantes em minha casa, mas
também tive namoradas."
Sua mais recente namorada ficou com ele por seis meses, mas
morreu em 2003. Depois disso, ele começou a solicitar novamente
o serviço das prostitutas.
Hansen afirma
que muita pesquisa já foi feita com pessoas em sua situação,
e uma das conclusões é que o fato de não estar satisfeito
sexualmente pode levar a "frustração e agressão".
"Não é justo negar o direito a uma vida sexual para as pessoas
que têm deficiências", disse ele.
da Folha Online
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