Marina
Rosenfeld
especial para o GD
Ao contrário do que acontece na maioria das empresas,
em que os profissionais começam a trabalhar poucos
dias após serem selecionados, na Petrobras muitos funcionários
só têm contato com o dia-a-dia da companhia alguns
meses depois da contratação.
A ação faz parte da estratégia de desenvolvimento
dos profissionais de cargos “Júnior”, que,
ao ingressar na empresa, passam de três meses a um ano
estudando antes de iniciar as atividades para as quais foram
contratados.
O curso, de oito horas diárias, é oferecido
pela universidade corporativa da Petrobras e tem como objetivo
reforçar os conteúdos aplicados durante a graduação
e passar conhecimentos técnicos considerados importantes
para a atuação do funcionário. “É
uma forma de passarmos todo o conhecimento que acumulamos
durante os 50 anos de Petrobras num extrato de seis, sete
meses. Eles aprendem em poucos meses aquilo que levariam muito
tempo para assimilar se começassem a trabalhar direto.
Não podemos colocar uma pessoa numa plataforma de petróleo
sem que ela tenha visão de como funciona”, comenta
o coordenador do Programa de Formação da Petrobras,
Ricardo Sá.
De acordo com ele, a universidade também é
um espaço onde as pessoas podem conhecer melhor a empresa
e vice-e-versa. “Não encaramos como uma sala
de aula qualquer. Eles não estão lá para
uma tarefa, mas sim para uma meta. Apesar deles serem contratados
e ganharem salário durante o processo, o curso tem
caráter eliminatório”, diz Sá ao
comentar que o programa é composto por três dimensões,
a institucional, a técnica e a vivencial e que os profissionais
podem ser eliminados em qualquer uma das etapas. Nas duas
primeiras dimensões os profissionais participam de
cursos teóricos. Na última, eles passam por
um estágio prático de dois meses em que são
orientados por um tutor. Só após todas essas
fases é que os funcionários começam a
trabalhar efetivamente.
O coordenador acredita ainda que o sucesso da Petrobras deve-se
a todos os investimentos que a companhia faz, inclusive no
campo da educação. “Comemoramos os 50
anos de formação de cargos juniores”,
finaliza Sá.
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