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Setor
sucroalcooleiro responde por 77 de cada 100 postos criados
no bimestre
Dos 39 mil novos empregos entre
janeiro e fevereiro, 30 mil estão no setor de produção
de açúcar e álcool, segundo pesquisa
da Fiesp
O setor sucroalcooleiro respondeu por 77% dos empregos gerados
na indústria de transformação do Estado
de São Paulo nos dois primeiros meses deste ano.
Das 39 mil vagas criadas entre janeiro e fevereiro, 30 mil
foram no setor de produção de açúcar
e álcool, principalmente álcool, segundo pesquisa
de emprego realizada pela Fiesp (Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo).
O acumulado do ano registra alta de 1,87% na geração
de emprego. Nos últimos 12 meses, o crescimento é
de 0,93%, o que equivale a 21 mil vagas criadas no Estado.
Apenas em fevereiro, o emprego na indústria de transformação
paulista, sem ajuste sazonal, registrou aumento de 1,04% na
comparação com janeiro. Em números absolutos,
significa que foram abertas 22 mil vagas.
Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos
Econômicos da Fiesp, considerou bons os resultados,
tanto no mês como no bimestre, mas lembrou que o setor
sucroalcooleiro puxou a alta dos empregos.
"O setor está em franca expansão e deve
se manter assim nos próximos anos. Já a indústria
de transformação continua sem vigor e declinante."
Francini não acredita na possibilidade de a indústria
de transformação atingir melhores índices
ao longo do ano.
"Não sou pessimista, mas, do ano passado para
cá, nada mudou [na economia do país]. A indústria
de transformação continua se esvaindo, o câmbio
está aí [com o real valorizado em relação
ao dólar], a taxa de juros apresenta pequenas quedas
e os benefícios do PAC [Programa de Aceleração
do Crescimento, lançado em janeiro] vão demorar
para refletir no setor", disse Francini.
Setores
Dos 21 setores que fazem parte da pesquisa da Fiesp, 11 apresentaram
desempenho positivo em fevereiro, 7 mostraram resultados negativos
e 3 ficaram estáveis.
Em fevereiro, os setores que mais contrataram foram fabricação
de coque, refino de petróleo, elaboração
de combustíveis nucleares e produção
de álcool (8,05%), fabricação de produtos
alimentícios e bebidas (4,75%) e fabricação
de outros equipamentos de transporte (4,30%).
Em contrapartida, os setores que registraram quedas foram
fabricação de material eletrônico e de
aparelhos e equipamentos de comunicações (2,44%),
fabricação de máquinas para escritório
e equipamentos de informática (1,21%) e preparação
de couros e fabricação de artefatos de couro,
artigos de viagem e calçados (0,66%).
Brasil tem 20 bilionários na lista da revista "Forbes"
Bill Gates segue como homem mais rico do mundo, com fortuna
de US$ 56 bi
Rubens Ometto, da Cosan, aparece como o "primeiro
bilionário mundial do álcool", segundo
a revista, com patrimônio de US$ 2 bi
No ano em que o número de bilionários na lista
da revista "Forbes" bateu seu recorde, com 946 membros,
o Brasil contribuiu com 20 nomes no grupo que possui pelo
menos US$ 1 bilhão -foram 16 no ranking divulgado no
ano passado.
E a fortuna brasileira cresceu em ritmo mais intenso que a
do resto do mundo. A soma da riqueza dos bilionários
mundiais cresceu 35% em 2007 na comparação com
o ano passado e chegou a US$ 3,5 trilhões. Já
a fortuna dos brasileiros aumentou cerca de 38%: passou de
US$ 33,5 bilhões para US$ 46,2 bilhões na lista
deste ano.
A liderança do ranking brasileiro continua a ser de
Joseph Safra, com US$ 6 bilhões, que é o 119º
mais rico do mundo. Porém a sua fortuna agora não
é mais somada com a de seu irmão Moise (314º,
com US$ 2,9 bilhões), como aconteceu até o ano
passado. Mesmo com suas fortunas ultrapassando os US$ 7,4
bilhões de 2006, eles cairiam na lista, de 69º
para 76º.
Jorge Paulo Lemann, um dos principais acionistas da cervejaria
InBev, ganhou, com seus US$ 4,9 bilhões (eram US$ 3,4
bilhões em 2006), a segunda posição do
ranking nacional, ultrapassando Aloysio Faria, do banco Alfa,
que viu sua fortuna subir de US$ 3,8 bilhões para US$
4 bilhões.
As novidades na lista brasileira são Liu Ming Chung,
Rubens Ometto e Eliezer Steinbruch -além da "separação"
dos irmãos Safra. Chung é nascido em Taiwan,
mas naturalizado brasileiro. Ele comanda com a sua mulher,
Zhang Yin, considerada a pessoa mais rica da China, a Nine
Dragons, empresa de reciclagem de papel. Chung tem US$ 2,4
bilhões e é o 390º mais rico do mundo.
Ometto é o comandante da Cosan e, de acordo com a "Forbes",
é "o primeiro bilionário mundial do álcool".
Com uma fortuna de US$ 2 bilhões, ele é o oitavo
brasileiro mais rico e o 488º do mundo.
A lista mundial mais uma vez é liderada por Bill Gates,
da Microsoft, com US$ 56 bilhões, seguido pelo investidor
Warren Buffett, US$ 52 bilhões. O mexicano Carlos Slim
continua como o terceiro mais rico, mas sua fortuna cresceu
em US$ 19 bilhões, o maior salto em uma década,
diminuindo a distância que o separa de Buffett.
Na lista passada, eram necessários US$ 18,8 bilhões
para ficar entre os dez primeiros, ante US$ 22 bilhões
na deste ano. A Índia, com 36 bilionários, ultrapassou
o Japão no ranking asiático, e a Rússia,
com 53, aproximou-se da Alemanha na disputa pelo maior número
de bilionários fora dos EUA.
As informações são
da Folha de S.Paulo.
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