Marina
Rosenfeld
Karina Costa (colaboração)
especial para o GD
Estudo pioneiro no Brasil mostra que pessoas que fazem terapia
têm alterações cerebrais positivas quando
comparadas a pacientes traumatizados que não são
submetidos ao tratamento.
Os resultados revelam que, após o uso da terapia e
reestruturação cognitiva, os pacientes apresentam
aumento da atividade do córtex pré-frontal (responsável
pela classificação e categorização
das experiências), do hipocampo esquerdo (ligado à
capacidade de síntese, de aprendizagem e de memória)
e dos lobos parietais (relacionados com a orientação
espacial e temporal dos eventos), além de um decréscimo
da atividade da amígdala (área do cérebro
envolvida com a expressão do medo).
“Os que fizeram psicoterapia conseguiram rotular e
sintetizar mais positivamente o evento e passaram a ter uma
melhor orientação temporal e espacial da experiência,
ou seja, o trauma passou a ser um acontecimento pertencente
ao passado”, conta o psicólogo Júlio Peres,
doutorando do programa de Neurociências e Comportamento
do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
(USP).
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