da
Redação
O prefeito Gilberto Kassab informa, com exclusividade ao Mais
São Paulo, que dificultará o estacionamento
de carros nas ruas de São Paulo. Mas, mesmo assim,
vai vetar o projeto de lei que proíbe os automóveis
de estacionar no centro expandido da cidade.
O projeto foi aprovado na Câmara
dos Vereadores, mas o prefeito o considera difícil
de fiscalizar. Apesar disso, ele concorda que a região
precisa de normas para ter um trânsito com mais fluidez.
Por isso, compromete-se a criar gradativamente áreas
de estacionamento.
Lei que proíbe estacionamento nas ruas será vetada
João Batista Jr.
Vereador desde o dia 15 de fevereiro, quando assumiu uma vaga
do PSDB, Ricardo Teixeira vem ganhando notoriedade com seu
polêmico projeto de lei, aprovado por unanimidade na
Câmara Municipal, que visa a proibir o de estacionamento
de veículos nas ruas do centro expandido da cidade
durante o período de rodízio.
“Existem áreas que viraram
garagens a céu aberto. Todo o mundo estacionado na
rua e a rua congestionada”, diz Teixeira. “O motorista
será o grande beneficiado”, acredita.
Segundo Frederico Bussinger, secretário
municipal dos Transportes, o prefeito Gilberto Kassab (DEM)
irá vetar a decisão da Câmara. “Apesar
de o projeto ter méritos, a lei é inexeqüível”,
justifica. De acordo com o secretário, o transporte
público terá grande relevância no pacote
de medidas que vão compor o novo Plano Diretor, cujo
lançamento está previsto para outubro. “É
um tema que vimos discutindo faz dois anos e estará
no novo Plano Diretor”.
Menos trânsito e menos
poluição...
“A lei vai ajudar a despoluir a cidade, pois 70% da
poluição vem do cano do escapamento dos veículos”,
lembra o vereador. Formado em engenharia, Teixeira é
especializado em tráfego: em 1977, iniciou carreira
na CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), onde foi
efetivado e trabalhou até quatro meses atrás.
“Acho que é preciso que a lei seja aplicada gradativamente
para que as pessoas possam entender [as mudanças] e
sejam construídas garagens subterrâneas."
O vereador também ressalta que a lei deveria começar
a ser aplicada em locais de tráfego mais acentuado.
... mas inviável
“O projeto do Ricardo vai ao encontro dos princípios
gerais que a prefeitura procura seguir, mas, se aprovado,
de imediato teremos três conseqüências: impacto
sobre a atividade econômica e sobre a mobilidade na
cidade, impossibilidade de fiscalização e uma
possível multiplicação do número
de estacionamentos improvisados, de modo que talvez o tiro
saia pela culatra”, detalha o secretário.
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