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Um marcador genético para o câncer de próstata
e um novo tratamento para o tumor de bexiga serão testados
no Instituto da Próstata que será inaugurado
hoje pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na capital
paulista. O novo centro médico será comandado
pelo urologista Miguel Srougi, professor titular da Faculdade
de Medicina da USP, e vai receber pacientes do Sistema Único
de Saúde (SUS). A forma como os pacientes do SUS serão
encaminhados ainda não está definida, mas Srougi
afirma que esse foi um fator condicionante do projeto.
No Instituto da Próstata, o
atendimento será feito de forma interdisciplinar, com
vários especialistas. Entre as linhas de pesquisa a
serem desenvolvidas estão dois estudos que chamam a
atenção pelos resultados promissores apresentados
até agora. Um deles é a tentativa de desenvolver
um marcador genético para o câncer de próstata.
Os pesquisadores do Departamento de Urologia da USP identificaram
uma diminuição na expressão do gene PGC
em pacientes com a doença. Os pesquisadores estudaram
50 casos de pacientes com o tumor maligno na próstata
e em todos eles havia alterações no gene.
Outra pesquisa com resultados
promissores é a busca por um novo tratamento para o
câncer de bexiga. Atualmente o tratamento para a doença
é feito com o bacilo Calmette-Guérin, o BCG
- causador da tuberculose bovina -, que promove uma resposta
imunológica, atacando o tumor. A nova pesquisa utiliza
uma forma recombinante da vacina, produzida pelo Instituto
Butantã. A versão tem proteínas da Bordetella
pertussis, bactéria causadora da coqueluche. Os resultados
dos testes em cobaias mostraram ótimos resultados.
O próximo passo é testar a vacina recombinante
em seres humanos.
O Estado
de S.Paulo
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