Nas
reuniões que o GT de Educação realizou
em várias regiões da cidade, um dos problemas
recorrentemente mencionados pelas comunidades escolares foi
a da instabilidade das equipes escolares.No conjunto da rede
municipal, o índice de remoção foi de
18,5%, mas em algumas coordenadorias a situação
é mais preocupante, como Guaianazes, onde o índice
chega a 25,60% e Capela do Socorro com 24,45% (ver tabela).
- Entidade da zona sul, ligadas ao movimento Nossa São
Paulo contestam dados oficiais de demanda por creche na cidade.
Graças a reivindicação do Centro de Direitos
Humanos e Educação Popular de Campo Limpo (CDHEP),
passou a existir um cadastro eletrônico unificado (estado
e município da demanda por creche). O cadastro inclui
as famílias que querem matricular seus filhos e não
encontram vaga. Segundo esse registro, a lacuna é de
90 mil vagas, mas a entidade acha que a demanda é pelo
menos três vezes maior. Eles vão fazer um levantamento
porta a porta para definir melhor essa demanda. A preocupação
com esse número estimado de demanda é que, no
caso da educação infantil, que não é
obrigatória para o cidadão, a obrigatoriedade
do Estado depende do número de pessoas que manifestam
interesse.O ministério público fez um acordo
segundo o qual a secretaria municipal responderia à
demanda de vagas em 8 anos mas, se a demanda é muito
maior do que a registrada, esse plano vai ser insuficiente.
- Em São Paulo, alunos do ensino médio podem
estar migrando para a EJA
Em São Paulo, a demanda por EJA é enorme. Segundo
a PED, Pesquisa de Emprego e Desemprego, que verifica a escolaridade
dos chefes de família no município, 42,7% não
tem o ensino fundamental completo e 15,5% tem o ensino fundamental
mas não o médio completo. A rede municipal de
ensino, que se responsabiliza pelo Eja – Ensino Fundamental
já vem identificando uma queda no atendimento, tinha
149 mil matrículas em 2004 e em 2007 cai para 97 mil.
Fez uma reformulação no programa e pretende
fazer campanha por matrículas no rádio e na
TV. Na rede estadual, que se concentra no atendimento ao EJA
de nível médio, acontece tendência oposta.
As matrículas estão crescendo significativamente
de 2003 para 2006, de 82 mil para 137 mil. O dado é
intrigante, pois os mesmos motivos que levam os potenciais
alunos do EJA fundamental deveriam estar afetando os candidatos
a EJA do ensino médio.Como está ocorrendo uma
queda nas matrículas do Ensino Médio Regular,
é possível que esse aumento não expresse
efetivo aumento da cobertura dos serviços educacionais
mas sim migração dos alunos do ensino regular
médio para a EJA. Se essa tendência se confirma,
temos um problema, pois a já precária qualidade
de ensino a que os alunos das redes públicas de ensino
médio tem acesso pode ficar ainda mais comprometida
se a EJA está se transformando numa aceleração
para jovens com defasagem idade série. No ensino regular,
o número de matrículas no ensino médio
caiu de 485 mil em 2003 para 402 mil em 2006.
As informações são do Movimento Nossa
São Paulo - Outra Cidade.
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