João
Batista Jr.
Com a intenção e desburocratizar a produção
de filmes em São Paulo, a Secretaria Municipal da Cultura
criou ontem o Escritório do Cinema (Ecine). “A
cidade é cenário de quase 50% de toda a produção
cinematográfica e publicitária do país”,
informa o coordenador da iniciativa Júlio Pessoa. “Até
então cada subprefeitura atuava de uma forma, já
teve casos de cineasta não poder passar os limites
de uma rua porque a área estava sob domínios
de uma administração que não havia permitido
a tomada de imagens”.
Até 2006, a cidade de São Paulo cobrava R$
320 a R$ 580 por hora das produções realizadas
em espaços públicos, o que já não
acontece mais. “O Ecine é importante para atrair
investimentos, para mostrar incentivo. Hoje, alguns filmes
publicitários são rodados em Buenos Aires ou
Santiago porque ficam mais barato”, avalia Pessoa.
A Ecine terá caráter experimental por dois
anos, até virar um órgão permanente da
Secretaria de Cultura – o que acarretaria em verbas
especiais para o Escritório. “Iremos trabalhar
com o mesmo efetivo da pasta da cultura”, informa Pessoa.
Nas próximas semanas serão escolhidos os oito
nomes que irão compor o conselho da Ecine. “Metade
dos nomes serão escolhidos por órgãos
do governo, como Secretara do Turismo e dos Transportes, e
a outra parte por membros da classe cinematográfica,
como Sindicato dos Cineastas”.
|