Erika
Vieira
Um grupo de moradores do entorno da praça Buenos Aires,
localizado no bairro do Higienópolis na cidade de São
Paulo, criaram o Sindicato dos Cachorros. O intuito é
implantar em áreas verdes uma espécie de playground
para os caninos, transporte coletivo no qual os animais possam
entrar e uma legislação que respeite os bichos.
O sindicato funciona por meio de um blog
na internet, tendo 500 associados que recebem o título
de “cachorreiros”. A idéia surgiu para
mobilizar as pessoas que pensam no bem-estar dos cachorros.
“Vida de cão já era. Hoje os cachorros
fazem parte da família”, fala o representante
do sindicato, Celso Barbosa.
Os “cachorreiros” se unem para reivindicar infra-estrutura
que atenda as necessidades dos caninos, como é o caso
do "cachorródromo" que existe na Buenos Aires.
Um grande cercado foi construído para que os donos
soltem seus cães da coleira e os deixem passear livremente.
Uma das propostas é determinar horários para
que os bichos possam ser soltos nas praças. Também,
pretendem fazer campanhas para que a Cartilha Internacional
dos Animais vire lei no Brasil.
Hoje o "cachorródromo" comporta de 30 a
40 cachorros, os “cachorreiros” reclamam que o
espaço tornou-se pequeno e esperam que a prefeitura
tome providências para ampliar. “Já conseguimos
patrocínio privado, mas o Depave (Departamento de Parques
e Áreas Verdes) não permite, alegando que o
local é tombado”, conta Barbosa.
O movimento que surgiu em São Paulo, agora expande-se
para Belo Horizonte e Goiás. “A gente não
quer dinheiro, queremos é uma mobilização
para protestar. Fizemos o sindicato porque através
das associações de bairro ninguém consegue
nada”, diz.
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