Erika
Vieira
As escolas públicas da cidade do Rio de Janeiro passaram
a integrar conceitos de Direitos Humanitários na educação
das crianças e adolescentes cariocas. O programa Exploremos
o Direito Humanitário está sendo desenvolvido
pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em
parceria com a Secretaria Estadual de Educação.
O CICV dissemina o programa em locais com conflito armado,
por exemplo, Israel e Palestina, ou que vivam situações
de violência urbana, como é o caso brasileiro.
Tolerância e respeito ao próximo são alguns
dos valores trabalhados em sala de aula para estimular os
jovens a serem mais solidários com o outro. Também
são convidados a pensar na realidade em que vivem de
uma maneira mais humanitária. “Esse tipo de discussão
pode ajudar a conter a violência a médio e longo
prazo”, fala Silvia Backes, coordenadora da CICV no
Brasil.
Ainda em fase piloto, a iniciativa atende oito escolas públicas
na região da Rocinha, Leblon, Realengo, Caju e centro.
Professores de história, filosofia, geografia, português,
entre outras, abordam as questões comunitárias
dentro de cada conteúdo. Filmes e matérias de
jornais são usados para ilustrar as aulas.
”Nas escolas é passada a noção
do respeito à vida. O aluno recebe conceitos de que
mesmo que brigue com o amigo, não pode matar ele”,
diz João Paulo Charleaux da CICV de Brasília.
Assim, os estudantes aprendem a compreender as situações
vividas com uma perspectiva mais humanitária.
Desde o ano passado os educadores participam de oficinas
oferecidas pelo CICV. No mês de junho se reunirão
para compartilharem experiências e fazerem o balanço
da iniciativa.
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